A trilogia Love Yourself me ensinou o amor próprio 💜

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A trilogia Love Yourself me ensinou o amor próprio 💜

Eu perdi a voz cantando junto com meu grupo favorito.

Três semanas depois do meu primeiro ano na Universidade de Toronto, assisti a um show pela primeira vez. Minha amiga me convidou para o BTS Highlight Tour em Toronto quando os ingressos de última hora para as vendas gerais foram colocados à venda. Seu entusiasmo, combinado com a minha incapacidade de dizer não às pessoas, bem como com minha ganância em não perder boas oportunidades, me levaram a concordar. Embora o meu conhecimento sobre as músicas do BTS fosse limitado aos seus singles, decidi que seria memorável se eu fosse ao meu primeiro show no meu primeiro mês de faculdade.

Setenta dólares, sete horas gastas acampando do lado de fora do Phoenix Concert Theatre e após inúmeros gritos para os sete homens que entravam no local para os ensaios, eu e minha amiga entramos para o show por volta das 19h.

Posteriormente – após uma hora e meia de show –  saímos com bolhas nos pés, sem filmagens – a empresa que administrava a turnê proibia qualquer tipo de gravação – e um desejo em comum de que o BTS voltasse em breve ao Canadá com um show apropriado. Na época, eles apenas apresentaram quatro músicas nesta turnê mal gerenciada, na frente de uma tela parcialmente quebrada, mas para uma platéia totalmente encantada.

Três anos depois – três semanas após meu quarto ano na Universidade de Toronto, e com um orçamento de 331 dólares, participei do meu segundo show do BTS, a turnê Love Yourself. Levou cerca de 7 comebacks, 3 turnês mundiais, 2 prêmios da Billboard, e uma apresentação no American Music Awards para que o BTS finalmente retornasse a Ontario.

O grupo anunciou as datas e os locais da turnê mundial em 26 de abril. Comprei os ingressos no dia em que eles foram colocados à venda em 7 de maio, com muita dificuldade, mas não foi até um segurança escanear meu ingresso e me conduzir ao FirstOntario Center no domingo, dia 23 de setembro,  que percebi que novamente veria o BTS ao vivo.

Eu finalmente pude sorrir de volta para os rostos que tinham sorrido para mim das telas do meu celular e laptop nos últimos três anos – exceto que desta vez, não precisaria me preocupar com as pessoas me acharem louca!

Eu poderia finalmente cantar junto com as melodias e harmonias que me acalmavam durante os dias ruins e me empolgavam nos dias bons – sem o medo de errar a letra ou soar fora do tom.

Eu poderia finalmente devolver o meu amor ao grupo que me ensinou o que era este sentimento – mesmo que minha voz se perdesse na multidão de 16 mil pessoas.

E perder a voz foi exatamente o que fiz.

O show começou às 18:00h. As portas se abriram às 15h30 e eu estava no meu lugar às 16h. As duas telas gigantes do local estavam  passando os MVs do BTS em ordem cronológica.

O local do show ainda não tinha enchido por completo e o coro dos presentes tinha afogado os alto-falantes. Quando me sentei, fui recebida com o MV de “Danger” de 2014 do BTS, o que era estranhamente adequado, já que a música foi  o primeiro MV do grupo que assisti.

Após “Danger”, iniciou-se “War of Hormone”, que deu lugar aos MVs da trilogia The Most Beautiful Moment in Life, seguidos pela série WINGS e, finalmente, pela trilogia Love Yourself.

No momento em que “FAKE LOVE” terminou, o canto do público era ensurdecedor, minhas cordas vocais estavam enfraquecendo e o show ainda não tinha começado. Infelizmente para as minhas cordas vocais, no momento em que as luzes se apagaram, as batidas familiares de “IDOL” reverberaram pelo local e o BTS subiu ao palco.

Eu gritei.

Daquele ponto em diante, alternei entre ofegar, cantar, berrar, me esgoelar e gritar, não ficando em nenhum momento em silêncio. Eu me arrependeria disso mais tarde, não pelo fato de que minha garganta iria doer por uma semana, mas sim por tornar todos os meus vídeos do show insustentáveis de se assistir. Embora eu tentasse culpar minha irmã pela maioria dos gritos no fundo, eu sabia que também era culpada.

Apesar de já ter se apresentado duas vezes na frente do público canadense, o BTS nos deu um show perfeito. Toda mudança de roupa era impressionante – literalmente, porque muitas de suas peças envolviam lantejoulas. Todas as transições entre as músicas foram suaves e a coreografia foi esplendidamente sincronizada.

A cada piscada das luzes do palco, a cada mudança de cor dos ARMY Bombs controladas por Bluetooth, e a cada momento de fanservice que o BTS nos dava, eu me apaixonei ainda mais por eles. Irônico, considerando o nome da turnê é “Love Yourself”.

O BTS nos disse que nós éramos o décimo show dessa turnê e que nós éramos o “10 perfeito” dos shows na América do Norte. Eles nos presentearam com o logotipo reformulado na bandeira canadense e disseram que amavam o Canadá e que adorariam voltar. E eu os amei de volta.

“Amor”. Nenhuma outra palavra poderia ter expressado minha adoração, adulação e admiração por esse grupo que me ajudou – e muitos de meus colegas – a nos amar por meio desses anos universitários desgastantes, tumultuados e manchados de lágrimas.

O sucesso e o crescimento do BTS me surpreende e me encanta. Os garotos que eu vi há três anos tocando na frente de uma tela quebrada se tornaram grandes estrelas. Agora, a única coisa quebrada por trás deles é um novo recorde. Eles estão atingindo alturas que poucos artistas estrangeiros, coreanos ou não, alcançaram antes.

Sua longa lista de realizações em três curtos anos evidencia sua dedicação, impulso e decisão de se amar – algo que estou determinada a imitar.

Estou aprendendo a me amar graças ao BTS.

Fonte:  The Varsity
Trans eng-ptbr; fernanda azevedo @ btsbr

Artigos | por em 17/12/2018
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