A verdade nua e crua: SUGA e o triunfante retorno de Agust D com a mixtape D-2

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A verdade nua e crua: SUGA e o triunfante retorno de Agust D com a mixtape D-2

Em agosto de 2016, SUGA lançou a sua primeira mixtape, Agust D. Nela, o rapper-compositor refletiu de forma nua e crua sobre a sua carreira e vida, assumindo a identidade Agust D e compartilhando de forma franca a sua identidade musical como indivíduo em relação ao mundo, logo no início do que seria a alucinante arrancada do BTS rumo ao sucesso internacional. Os anos que vieram à seguir deram ao grupo um lugar cativo na história com um recorde após o outro. Agora, ele voltou quatro anos mais tarde com o lançamento surpresa de sua mixtape D-2 nesta sexta-feira (22).

Liderada por “Daechwita”, a coleção coroa SUGA como um Rei triunfante que passou do nada ao topo do universo com a sua música. Acompanhado por um videoclipe onde vemos SUGA ascender ao título mais alto como Rei da Coreia, a mixtape de 10 músicas passa toda sua duração compartilhando o ponto de vista do artista sobre a atual fase da sua vida e percepção do mundo.

Ao longo de D-2, desde o seu começo com a reflexiva e engraçada “Moonlight” à melancólica balada final “Dear my friend”, com Kim Jong Wan da banda NELL, a segunda mixtape de SUGA sob o alter-ego Agust D serve como um relicário sônico para o seu estado atual de pensamentos e emoções. Seja com a incisiva “What do you think?” direcionada aos haters que tentam usá-lo ou falar do BTS para se promover na mídia, questionando o posicionamento crítico e social do mundo ao lado do companheiro de grupo RM em “Strange” ou apenas decidindo seguir em frente deixando os arrependimentos no passado ao lado de MAX com “Burn It”, cada uma dessas músicas oferece uma nova visão sobre o que significa ser o SUGA em 2020.

Antes do lançamento de D-2, SUGA falou com a Billboard sobre a chegada iminente da mixtape e o que isso significa para ele e sua identidade como artista.

Billboard: É a primeira vez que você revive a sua persona Agust D para um lançamento solo desde a primeira mixtape em 2016. Como é a sensação de revisitar esse lado para você mesmo e compartilhar novas músicas com o mundo em 2020?

SUGA: É divertido. Espero que todos curtam a documentação do meu eu de 2016 em diante.

Você já havia mencionado o lançamento dessa mixtape no passado, por que agora é o momento certo para lançar a D-2?

Eu encontrei tempo para trabalhar na minha música desde que começamos a quarentena voluntária e consegui compilar 10 músicas completas para a mixtape.

Você sente que cresceu como artista desde o lançamento de Agust D e seu retorno com D-2?

Eu acho que cabe aos ouvintes decidir isso. Eu tentei muitas coisas ao longo desse tempo e espero que gostem.

Como, se é que isso aconteceu, a sua abordagem para a criação de músicas mudou desde a mixtape anterior?

Está tudo mais tranquilo e relax. Eu estava um pouco intenso em 2016. Tudo estava vindo e acontecendo com força total, muito forte. Na verdade, ouvi minha mixtape anterior novamente enquanto trabalhava na nova, e se me pedissem para fazê-la novamente, posso dizer que não seria capaz. Eu fico muito feliz que esteja documentado da forma que ela é. Minha mixtape anterior focou mais em ser melhor no rap, melhor em fazer música, som, mixagem, master e assim por diante. Eu trabalhei em muito mais projetos desde então e realmente não tentei me tornar perfeito. Perfeição é um termo esquivo. Eu simplesmente fiz o meu melhor.

Existe um significado por trás do título D-2 além de ser o segundo lançamento do Agust D? Parece quase uma contagem regressiva, e foi assim que foi promovido nas redes sociais.

Eu gosto de surpresas, então eu mesmo idealizei a divulgação de lançamento. Eu não queria lançá-la no “Dia D”, e também não estava satisfeito com apenas Agust D 2. Então, eu decidi lançá-la no “D-2” para surpreender as pessoas que estavam esperando por ela no “Dia D”.

Do início ao fim, D-2 é uma experiência intensamente emocional que compartilha seus pensamentos sobre você mesmo e sobre o mundo. O que você espera que os ouvintes tirem da experiência geral da mixtape?

“É assim que tenho vivido desde 16 de agosto de 2016”. Se a mixtape anterior focou em contar o meu passado, a nova é sobre o presente.

Onde você encontrou inspiração musical para este álbum?

A resposta para esta pergunta é sempre a mesma: todo momento e todo incidente. Eu tenho o hábito de gravar e fazer anotações, então às vezes, eu acabo me surpreendendo positivamente quando vasculho as coisas e redescubro as letras. Algumas das letras que rabisquei sem pensar, às vezes se tornam preciosas.

Você sente que há uma diferença entre SUGA e Agust D, e também desses dois com Min Yoongi?

Você poderia dizer que existe e não existe [uma diferença]. “Eu”, “eu” e “eu”. Eles são diferentes e iguais.

A faixa principal desta mixtape é “Daechwita”, onde você incorporou instrumentos militares coreanos tradicionais e pansori com os sons modernos do hip-hop, descrevendo a si mesmo como um tigre, a histórica criatura representativa da Coreia. Esses são temas que muitas músicas do BTS também já incorporaram com elementos tradicionais da música coreana e referências à identidade da Coreia e sua identidade como coreano. Por que você continua retornando a essa narrativa em suas composições, e o que em daechwita fez você querer incorporá-la a essa música e álbum?

Tudo começou com a caminhada cerimonial do Rei. Daechwita é tocada durante a marcha militar e eu fui inspirado a fazer um sample da batida, e como a música inclui muitos elementos musicais coreanos tradicionais, fazia sentido também gravar o videoclipe nos locais históricos coreanos. Não era necessariamente minha intenção incluir propositalmente aspectos coreanos. Foi mais um processo natural que teve ideias interessantes surgindo ao longo do caminho.

Você trabalhou com vários artistas neste álbum como RM, NiiHWA, MAX e Kim Jong Wan da banda Nell. Como foi a experiência geral?

Foi uma experiência divertida. Na verdade, eu queria colaborar com muito mais artistas, mas alguns não estavam disponíveis devido a circunstâncias pessoais. Espero poder trabalhar com eles na próxima vez. Um dos artistas com quem eu pude colaborar foi Kim Jong Wan, que me contou ter curtido a minha mixtape de 2016. Eu fiquei muito grato já que ele era meu ídolo quando era mais novo.

Qual verso ou pensamento que você compartilha na D-2 você gostaria que os ouvintes refletissem sobre?

“E daí, se nós vivemos assim, e daí
O seu comum é o meu extraordinário
O meu extraordinário é o seu comum” em People.

Suga BTS Agust D

Fonte: Tamar Herman @ Billboard
Tradução e adaptação por Caroline Piazza @ BTSBR

Entrevistas | por em 22/05/2020
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