14 ARMYs falam sobre experiências de racismo que viveram dentro do Fandom

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14 ARMYs falam sobre experiências de racismo que viveram dentro do Fandom

O grupo de K-Pop BTS possui milhões de fãs ao redor do mundo, ao qual deram o nome de ARMY. No entanto, há algum tempo, fãs negros levantaram questões preocupantes ao afirmarem sofrer abuso, perseguição, racismo em sua pior forma dentro do próprio fandom, cercados de fãs que supostamente dividem a mesma paixão.

As maiores formas de perseguição acontecem na rede social Curious Cat que permite o envio anônimo de mensagens aos seus usuários.

Em abril, um ARMY deu início ao projeto #BlackArmyBeauty em apoio aos fãs negros como resposta às mensagens negativas e racistas que recebem. O projeto teve atenção e apoio de inúmeros ARMYs.

O BuzzFeed News falou com diversos fãs negros, que contam que ao tentarem conscientizar outros fãs para que eles fiquem cientes do que está acontecendo, simplesmente são acusados de inventar essas histórias ou que fiquem quietos e não sujem a imagem do grupo publicamente.

Mas eles querem divulgar suas histórias e mostrar os exemplos de racismo sofridos para que a questão da discriminação racial continue a ser debatida dentro do fandom, então aqui vão suas histórias:

  • Jenna Wood, 18 anos, estudante, Kentucky/EUA.

Jenna disse ao BuzzFeed News que se juntou a um grupo no Twitter para fãs do BTS com o propósito de que eles trabalhassem em suas habilidades sociais e fizessem amigos.

“Nós estávamos enviando selfies, então eu resolvi enviar uma minha”, disse ela. “Mas, algum tempo depois, comecei a me sentir sobrecarregada com tantas pessoas falando ao mesmo tempo, então decidi sair do grupo.”

Depois de ter saído, alguém no grupo editou sua selfie e clareou sua pele. “Dez minutos se passaram e um amigo que estava no grupo me contou por DM que simplesmente haviam me feito branca numa edição da selfie que enviei”.

Wood disse que chorou ao ver a foto e se sentiu horrível. “Ler como os outros me chamavam de ‘rainha branca’ foi tão desrespeitoso”, contou.

“Isso honestamente fez com que eu me sentisse menos que uma pessoa, porque eles fizeram algo tão horrível para alguém como eu, que estava lá apenas para me divertir, mas que fui injustiçada e me tornei um alvo.”

Wood descobriu posteriormente que o chat em grupo foi criado por antis do BTS.

  • Deja Ferguson, 21 anos, chef de cozinha, Orlando/EUA.

Deja Ferguson, who got into BTS in 2015, says she has regularly received anonymous abuse from other fans.She said: "I've been called a ni****, a porch monkey, people have gone far enough to tell me they hope I die or get raped and I don't call it out, I just delete or block that person because it's mostly on anon."Ferguson said she has stuck around as a stan [social media term for fan] because BTS give her strength to get through difficult times. "They are the reason I'm actually still alive to this day, I didn't give up on life because they gave me hope and a reason to keep going," she said.

Deja se tornou uma fã do BTS em 2015 e conta que desde então recebe mensagens de ódio de outros ARMYs em anônimo regularmente.

Ela disse: “Eu já fui chamada de ni***, macaco de varanda… As pessoas foram longe o suficiente para me dizer que esperam que eu morra ou seja estuprada. Eu não as respondo, simplesmente apago ou bloqueio a pessoa/IP porque acontece principalmente em anônimo.”

A jovem complementa dizendo que permanece no stan twitter [termo de mídia social para fãs] porque o BTS lhe dá forças para enfrentar momentos difíceis.

“Eles são a razão pelo qual eu ainda estou viva, eu não desisti da minha vida porque eles me deram esperança e uma razão para continuar”, finaliza.

  • Anjelica, 19 anos, Nova Jérsei/EUA.

Anjelica, who asked to be known by her first name only, told BuzzFeed News that she was in a group chat once where she was repeatedly ridiculed for being offended by the use of the N-word. "There was a fan who told me that they would not stop saying n***** when singing songs or quoting someone because it’s a 'direct quote'. "I told them how it’s wrong to do that kind of thing and how it affects black people in reality and they continued saying how they would do it because those are the rules of translation and quoting and that I was wrong for being hurt by it. "After I stopped replying to them I was tagged again and saw that the account was calling me things like 'unintelligent', 'disrespectful' and one of 'those people'."She added: "It’s always worse when you engage the abuse because then more people decide to join in."While she has received abuse from some fans, Anjelica said she had also made some good friends. "I also stay on Twitter for my mutuals," she said. "I love talking to the people I’ve met through BTS and I’ve made some very good friends, so I’m quite grateful for that."

Anjelica, que pediu para ser identificada apenas pelo seu primeiro nome, contou ao BuzzFeed News que estava em uma conversa em grupo onde foi continuamente ridicularizada por se sentir ofendida com o uso indevido da n-word.

“Um deles me disse que os outros não parariam de dizer n**** ao cantar músicas porque é uma citação direta.”

“Eu expliquei a eles como é errado fazer esse tipo de coisa, como isso afeta os negros e eles continuaram dizendo que fariam isso porque são as regras de tradução e citação, que eu estava errada por me sentir ferida com esse tipo de coisa.”

“Depois que parei de responder a eles, fui mencionada novamente e vi que a conta estava me chamando de coisas como ‘não inteligente’, ‘desrespeitoso’ e uma daquelas ‘pessoas'”.

Ela acrescentou: “É sempre pior quando você se envolve/responde ao abuso, porque mais pessoas decidem participar.”

Enquanto recebeu o abuso e foi perseguida por alguns fãs, Anjelica disse que também fez bons amigos. “Eu também continuo no Twitter pelos meus mutuals”, disse ela. “Adoro conversar com as pessoas que conheci através do BTS e fiz grandes amigos pelo quais sou grata.”

  • Jess, 20 anos, estudante universitária, Flórida/EUA.

Jess has been on a break from stan Twitter because of an experience that left a bad taste in her mouth. "The fans were very kind to begin with, but they’ve taken a turn as of now," she said, pointing to the anonymous feature on Curious Cat as a reason. She said that fans have told her that black people are not worthy to stan, or be fans of, BTS. "No one deserves to feel like that nor receive that hate or racist comments," she said. "I haven’t stopped stanning because of the music and the people I have met because of it. The boys also consistently show their love and appreciation for us."Jess said she has disassociated herself from the fandom until things change and people acknowledge that they're in the wrong.

Jess está afastada do Twitter por causa de uma experiência traumática que a marcou negativamente, “Os fãs foram muito gentis no início, mas agora não tanto”, disse ela, apontando a função anônima do Curious Cat como um dos motivos.

Ela conta que algumas pessoas disseram à ela que negros não são dignos de serem fãs do BTS.

“Ninguém merece se sentir dessa forma ou receber comentários de ódio e racismo”, disse ela. “Eu não deixei de ser uma ARMY por causa da música e das pessoas que conheci através do BTS. Os meninos também demonstram constantemente seu amor e apreço por nós.”

Jess disse que se desassociou do fandom até que as coisas mudem e as pessoas reconheçam que estão erradas.

  • Dani, 22 anos, artista e estudante, Nebraska/EUA.

Dani said that when she became a BTS fan in 2014, people in the fandom were all pretty cool. She said she was aware that stan Twitter in general could be quite toxic, but hadn't been directly affected by it. That changed, however, when she expressed her thoughts about one of the members of BTS having braids and was told she was wrong to be offended. Dani said things got worse with the increase in popularity of apps like Curious Cat. "People realized it was a way for them to be racist and not get caught," she said. "I don’t think I’ve ever had anyone tweet me racial slurs but it always popped up on my Curious Cat."She said that when she engages with the racism it only exacerbates it. "At one point, I decided that I wasn’t going to address it and just ignore it but it’s hard when I’m so hardheaded and I can’t stay silent when I’m being targeted."In March someone told her via Curious Cat that black BTS fans should have their own nickname – Korean fans, K Diamonds, and international fans, the I Lovelies, already had their own."So I said Bangtan Babes. There was so much gross anti-blackness happenings and I thought it was a positive name. I love it and I think it’s super cute."

Dani conta que quando se tornou uma fã do BTS em 2014, as pessoas no fandom eram bem legais. Ela disse estar ciente de que o Twitter em geral pode ser um ambiente bastante tóxico, mas não havia sido afetada diretamente por ele.

Isso mudou, no entanto, quando ela expressou sua opinião sobre um dos membros do BTS usar tranças e foi dito que ela estava errada em se sentir ofendida.

Dani diz que as coisas pioraram com o aumento da popularidade do Curious Cat. “As pessoas perceberam que esta era uma maneira de serem racistas e não serem pegos”, disse ela. “Eu não acho que alguém já tenha me mandado um tweet racista, mas sempre acontece no meu Curious Cat.”

Ela conta que quando se envolve em questões racistas, essa situação se agrava. “Em determinado momento, decidi que não ia abordar mais este assunto e simplesmente ignorá-lo, mas é difícil quando sou tão cabeça dura e não suporto permanecer em silêncio quando estou sendo atacada.”

Em março, uma pessoa em seu Curious Cat disse que os fãs negros do BTS deveriam ter seu próprio apelido – os fãs coreanos, K-Diamonds, os fãs internacionais, I-Lovelies, já tinham seus próprios.

“Então eu sugeri, Bangtan Babes. Houveram tantos acontecimentos grosseiros e racistas contra nós, que eu pensei em um apelido positivo. Eu adoro e acho super fofo.”

  • Nicia, 19 anos, estudante, Maryland/EUA.

After coming across BTS member Jimin, Nicia said she decided to stan, but she wants racism within the standom to be addressed and not pushed under the rug. "Doing just that will ruin BTS’s image," she added.Nicia said people tell her to educate racist fans, which she says is exhausting. "'Educate them' is the saying I’m tired of, or they do some mental gymnastics that is so annoying."

Depois de chegar ao BTS através do Jimin, Nicia disse que decidiu conhecer o grupo melhor e se tornar fã, mas ela quer que o racismo seja combatido ao invés de simplesmente empurrado para debaixo do tapete.

“Ignorar questões como o racismo é o que pode denegrir a imagem do BTS”, acrescentou ela.

Nicia conta que as pessoas dizem a ela para educar os fãs racistas, mas é exaustivo. “‘Eduque-os’ é o ditado do qual estou exausta, eles fazem uma espécie de ginástica rítmica com a minha saúde mental que é irritante.”

  • Alexis, 20 anos, estudante, Atlanta/EUA.

Alexis said she got into BTS in 2016 and, at first, the fans were nice. But like other supporters, she has started getting abuse on Curious Cat. On top of that, she has been accused of sending it to herself. She said: "I have been called a ni**** multiple times on anon, especially in the beginning of last year."When I received racist anonymous messages, one Army came into my CC and messaged me [saying] how they don't believe that I'm getting racist messages, they don't believe that I'm getting hate, and that I'm setting my own self up for it or just making it all up or for clout."

A jovem conta que conheceu o BTS em 2016 e que em um primeiro momento, os fãs eram legais. Mas que assim como outros fãs negros, logo começou a ser perseguida no Curious Cat. Além disso, foi acusada de mandar mensagens de ódio para si mesma (para chamar atenção).

Ela disse: “Eu tenho sido chamada de ni*** constantemente em anônimo, desde o início do ano passado.”

“Quando recebi mensagens anônimas de racistas, um ARMY entrou no meu CC e me mandou uma mensagem dizendo como ele não acreditava que eu estivesse recebendo mensagens racistas, não acreditam que estou recebendo mensagens de ódio e que estou fazendo isso apenas para ganhar atenção ou ter alguma relevância.”

  • Hannah, 16 anos, Chicago/EUA.

"I joined the fandom around late November not too long after I found out about them," Hannah said. "I knew about BTS and the fandom but I didn't really pay much attention until then. I have loved them since."I haven't directly received any anons but when I engage with these people, they often start insulting me even though I try to explain why what they said was wrong. "One of my mutuals got an extreme amount of hate because of an opinion she expressed. The hate was so bad she experienced panic attacks and had anxiety due to the hate. "She had to deactivate for a while and she eventually unstanned."The only thing keeping Hannah from not leaving the BTS standom is her love for the group. "They are incredibly talented and they're the only idols I have seen that respect black cultures and learn from their mistakes. Their apologies are genuine and that makes me feel happy and proud."

“Eu entrei para o fandom no final de novembro, não muito tempo depois que descobri sobre eles”, disse Hannah. “Eu sabia sobre o BTS e o fandom, mas nunca tinha prestado muita atenção até então. Eu os amei desde então. Eu não recebi nenhum comentário anônimo diretamente, mas quando eu me envolvo com essas pessoas, elas geralmente começam a me insultar mesmo que eu tente explicar o porquê do que elas estarem falando ser errado. Uma das minhas mutuals recebeu uma quantidade extrema de ódio por causa de uma opinião que ela compartilhou. O ódio foi tão ruim que ela teve ataques de pânico e ansiedade por conta disso. Ela teve que desativar por conta disso, e eventualmente ela deixou de ser fã.

A única coisa que impede Hannah de não deixar o fandom do BTS é seu amor pelo grupo. “Eles são incrivelmente talentosos e são os únicos idols que eu vejo respeitarem a cultura negra e aprender com seus erros. Seus pedidos de desculpas são genuínos e isso me faz sentir feliz e orgulhosa.”

  • Sonny, 19 anos, Carolina do Norte/EUA.

For Sonny, a turning point in the way fans interacted with each other came in 2017 when the army got into an argument with the rapper Wale who was accused of using BTS for fame.Since then, she has received anonymous abuse through Curious Cat. "I sometimes respond to it with sarcasm and clownery but when it’s really intense with the death and rape threats or just a lot of things at once I get upset," she said. Sonny said she's been told to keep quiet about the level of abuse and not make BTS look bad. She also said that she has made a lot of friends through the standom, so there are ups and downs: "I don’t get to be happy a lot but they make me happy and so do my friends that I’ve made. It’s kind of my coping mechanism and also a support system."

Para Sonny, o ponto de virada na forma como os fãs interagiam entre si surgiu em 2017, quando os ARMYS começaram uma discussão com o rapper Wale, que foi acusado de usar o BTS por fama.

Desde então, ela recebeu abuso anônimo através do Curious Cat. “Às vezes eu respondo com sarcasmo e palhaçada, mas quando é realmente intenso com ameaças de morte e estupro, ou apenas um monte de coisa de uma vez só eu fico chateada”, disse ela.

Sonny disse que foi aconselhada a ficar quieta sobre o nível de abuso e não fazer o BTS parecer ruim. Ela também disse que fez muitos amigos através do fandom, então há altos e baixos: “Eu não tenho muita felicidade, mas o BTS me faz feliz, e os amigos que fiz também. É como o meu mecanismo de coping e também meu suporte.”

  • Anna C, 27 anos, França.

Anna said hasn't always been immersed in the fandom and only realised how toxic some fans could be last year. She said: "When you start interacting with a lot of them, taking part in voting and stuff like that, that's when you really notice things."I have been called the N-word in Chinese once but I've mostly witnessed the abuse rather than being subjected to it."Anna said it hurts her heart when she sees young fans being subjected to racial abuse because they're expressing their opinions online."I respect BTS as artists so I don't see myself dropping them for having crazy fans. But I don't see myself keep on giving them support if their company doesn't address this issue. It's too big, too real and too hurtful to be swept under the rug."I can like an artist without being involved with their fandom for sure though. I became invested in their music for them and not the fans."

Anna disse que ela nem sempre foi engajada no fandom e só percebeu o quão tóxicos alguns fãs poderiam ser no ano passado. Ela disse: “Quando você começa a interagir com muitos deles, participando de votações e coisas assim, é quando você realmente começa a perceber as coisas.
“Eu já fui chamada da palavra com N em mandarim uma vez, mas eu testemunhei mais abusos do que sofri diretamente.”

Anna disse que seu coração dói quando ela vê fãs mais jovens sendo expostos a abuso racial porque eles estão apenas expressando suas opiniões online.

“Eu respeito o BTS como artistas, então eu não me vejo abandonando-os por terem fãs loucos. Mas eu não me vejo dando apoio se a empresa deles não resolver esse problema. É muito grande, muito real e muito doloroso ser varrido para debaixo do tapete. Eu posso gostar de um artista sem estar envolvido com o seu fandom, com certeza. Eu me tornei fã da sua música por eles, e não pelos fãs.”

  • Kirsten Cohns, 17 anos, estudante, Dallas/EUA.

Cohns got into BTS in 2015 and said that everyone was extremely welcoming and nice. Then, after signing up to Curious Cat, the abuse started. "I’ve been called ni**** and also told to go pick cotton and it’s always anonymous. But they always let me know that they’re Armys because they always end the message [with] 'we don’t claim you in Army'."Cohn said she has only stuck around for BTS: "Without them I wouldn’t be able to beat my depression and their music always calms me when I’m having anxiety and their antics always make me smile and I just love them with my whole heart."

Cohns se interessou pelo BTS em 2015 e disse que todos eram extremamente receptivos e simpáticos. Então, depois de fazer uma conta no Curious Cat, o abuso começou.

“Fui chamada de n**** e também me disseram para ir “catar algodão*” (*antigamente os escravos americanos buscavam algodão nas fazendas americanas) e é sempre sempre anônimo. Mas eles sempre me avisam que são ARMYs, pois eles sempre terminam as mensagens com ‘nós não te consideramos ARMY’”

Cohn disse que ela só continuou no fandom pelo BTS. “Sem eles eu não seria capaz de vencer minha depressão, e a música deles sempre me acalma quando estou tendo ataques de ansiedade. Suas atitudes sempre me fazem sorrir e eu simplesmente os amo com todo o meu coração.”

  • Ahna, 19 anos, estudante, Califórnia/EUA.

Ahna said she used to be a One Direction stan and got into BTS in 2017 so she wasn't surprised by the levels of fans antics at first. "The stans were like any other stans on Twitter to me," she said.But over time, she started experiencing the fans change with some becoming racist. "I’m going to keep it 100," she said. "I’ve never experienced blatant racism in a fandom as much as I have while being a BTS stan."She said that when she took her Curious Cat off anon she stopped receiving racist messages.Ahna said she's never been one to let fans stop her from supporting an artist and their work. "Stanning BTS has allowed me to grow as a person and educate myself. I’ve unlearned a lot of things regarding internalized discrimination and biases. So I’ll never regret it.""That doesn’t mean I’ll continue to subject myself to abuse for them," she added. "If it ever becomes too much, I’ll just leave the fandom."

Ahna disse que era fã de One Direction e se interessou pelo BTS em 2017, então ela não ficou surpresa com o nível de comportamento dos fãs a princípio. “Os fãs eram como qualquer outros do Twitter pra mim,” ela disse. Mas com o tempo, ela começou a perceber os fãs mudarem, se tornando racistas.

“Eu vou ser sincera, nunca vivenciei racismo tão intensamente em um fandom quanto eu tenho sendo fã do BTS.” Ela relata que quando desativou a função anônima do Curious Cat, parou de receber mensagens racistas. Ahna disse que ela nunca foi de deixar que os fãs a impedissem de apoiar um artista e seu trabalho. “Ser fã do BTS me permitiu crescer como pessoa e me educar. Eu aprendi muitas coisas sobre discriminação e preconceitos internalizados. Então eu nunca vou me arrepender.”

“Isso não significa que continuarei a me sujeitar aos abusos deles”, acrescentou ela. “Se alguma vez se tornar demais, vou deixar o fandom.”

  • Kirstin, 27 anos.

Kirstin said her first experience of BTS was on the show American Hustle Life where the members were flown to the US and were taught about hip-hop by Coolio and Warren G. Kirstin said it was the first she saw a K-Pop act actively learn about hip-hop from the source."As the fandom got bigger, I have seen and received more racially charged comments and attacks," she said. "I saw comments of 'oh Rapmon don't like n*****'. The boys don't like you monkeys. Things of that nature."Whenever she addresses racism she gets attacked and dragged by other fans."How I deal with the abuse is either block the person for my own mental health but sometimes, I have to defend and make some noise about it because these are things that need to be addressed and it keeps getting worse."

Kirstin disse que sua primeira experiência com o BTS foi o American Hustle Life, onde os membros voaram para os Estados Unidos e aprenderam sobre hip-hop com Coolio e Warren G. Kirstin disse que foi a primeira vez que ela viu um grupo de K-Pop realmente aprender sobre hip-hop em contato com quem vive e é o hip-hop.

“Conforme o fandom foi crescendo, eu vi e recebi cada vez mais comentários e ataques carregados de racismo,” disse ela. “Eu vi comentários sobre como ‘Oh, o RM não gosta de n*****’, ‘Os meninos não gostam de vocês macacos’, coisas dessa natureza.”

Sempre que ela aborda o racismo é atacada por outros fãs. “Eu lido com o abuso bloqueando a pessoa pela minha própria saúde mental, às vezes, eu preciso me defender e fazer barulho sobre isso porque essas coisas precisam ser abordadas, pois continuam piorando.

  • Joy, 23 anos, estudante universitária, Maryland/EUA.

Joy, who has been a fan since 2015, started receiving abuse after making a Twitter thread about BTS not interacting enough with black artists. "People came into my Curious Cat on anon [anonymously] and told me that BTS does not like black people and that they only care about Koreans and whites," she said."People tend to push the image of Army being a huge multicultural, inclusive family but I just don’t understand how we can be inclusive or a family when people want to silence racism for something like fandom image."

Joy, que é fã desde 2015, começou a receber mensagens racistas após fazer uma thread no Twitter sobre o BTS não interagir o suficiente com artistas negros.

“As pessoas vieram no meu Curious Cat anonimamente e me disseram que o BTS não gosta de pessoas negras, e que eles só se importam com coreanos e brancos”, ela disse.

“As pessoas tendem a empurrar a imagem dos ARMYs serem uma grande família multicultural e inclusiva, mas eu simplesmente não entendo como podemos ser inclusivos ou uma família quando as pessoas querem silenciar racismo por algo como a imagem do fandom.”

O Buzzfeed News entrou em contato com o Curious Cat e o representante nos respondeu por email:

“Como nós declaramos no Twitter recentemente, nós estamos conscientes do problema e estamos banindo os indivíduos por trás dessas mensagens que chamaram a nossa atenção. Quanto ao que nós estamos fazendo, atualmente estamos projetando e construindo a base para um Curious Cat mais seguro, tanto nos bastidores quanto na linha de frente.

Recentemente estamos experimentando filtros que previnem que postagens prejudiciais cheguem aos usuários antes que eles percebam, mas também vamos implantar configurações de segurança mais intuitivas e úteis, que vão permitir que cada usuário torne sua experiência tão segura quanto é necessário.”

A empresa disse que atualmente existe um recurso de bloqueio, embora seja “longe de ser perfeito”, enquanto os usuários podem bloquear as pessoas de fazerem perguntas anonimamente, ou impedir que pessoas que não possuem uma conta façam perguntas.

Fonte: BuzzFeed News
Tradução e adaptação do texto por Caroline Piazza @ BTSBR

Artigos | por em 31/05/2018
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