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Um público anormalmente grande compareceu para a 24ª conferência regular da Associação Coreana para Estudos de Música Popular (Korean Association for the Study of Popular Music (KASPM), presidida pelo professor Kim Chang-nam) no dia 8 de dezembro, na CKL Enterprise Support Center, em Seul.
Entre os participantes estavam alguns visitantes do exterior trazendo suas malas. A grande atração daquele dia foi uma sessão com o tópico “Status e Perspectivas do Fenômeno BTS”. A decisão de focar em um grupo de música pop em específico foi vista como um passo inusitado para uma conferência que tem história em endereçar tópicos como “O (Potencial) Apelo Popular da Música Tradicional” e “Música Popular e Gênero” – evidência de que o grupo BTS se tornou um fenômeno significante o suficiente para se tornar objeto de pesquisa acadêmica.
“Tão cedo quanto o debut do BTS, cerca de 2013 ou 2014, as reações domésticas não foram grandes,” notou Lee Kyu-tak, professor na Universidade George Mason da Coreia, na apresentação com o título “Problemas da Indústria Musical como Testemunhados através do Sucesso do BTS”.
“Parte disso foi a limitação por se tratar de um grupo associado a uma empresa pequena, mas o trabalho duro no mercado internacional resultou em conseguirem uma resposta mais positiva do que no âmbito doméstico,” Lee continuou.
“A imprensa e o público similarmente ficaram espantados quando eles chegaram ao topo da Billboard em maio passado, mas isso não veio do nada – é algo que eles já vêm construindo continuamente desde 2015,” concluiu.
Como fatores por trás do sucesso do BTS, Lee apontou ao eficiente uso de canais midiáticos como YouTube, V Live e redes sociais, junto com músicas e performances que integram elementos “estrangeiros” com aqueles familiares ao público ocidental, bem como a comunicação pessoal do grupo com os fãs. Em particular, ele destacou que o grupo estabeleceu uma continuidade ao atrair, com sucesso, uma audiência global de fãs leais desde os primeiros dias, em contraste com o sucesso rápido de “Gangnam Style”, de PSY.
“O BTS não agradece seus fãs – eles dizem obrigado aos seus ‘ARMYs’”, disse Lee. “Ao se referirem ‘àqueles que nos apoiam e compram nossos álbuns’ ao em vez de ao público geral, eles fortalecem um senso de conexão. Apesar de em pequeno número, esses fãs demonstram grande força trabalhando juntos e tiveram grande impacto no mercado musical diversificado e digitalmente centrado,” ele acrescentou.
Pôster da 24ª conferência regular da KASPM.
A relação horizontal entre o BTS, sua empresa e os ARMYs
Na apresentação intitulada “Triângulo BTS: Estrutura de Poder e Conflito entre BTS, seus ARMYS e a BigHit”, o professor da Yonsei University, Kim Jeong-won, observou o relacionamento entre o BTS e sua fanbase.
“Foi interessante ver o discurso do BTS no Billboard Music Awards em maio de 2017, onde mencionaram seus ARMYs logo no começo. Eles sempre falam dos ARMYs primeiro,” Kim disse.
Kim sublinhou que o relacionamento entre o BTS, a empresa que os gerencia, BigHit Entertainment, e os ARMYs, não é vertical mas horizontal, envolvendo influência mútua.
“Após o assassinato na estação de Gangnam* em 2016, muitas ARMYs em seus vinte e poucos anos começaram a fazer acusações de misoginia em algumas letras do BTS. O grupo e a empresa permaneceram em silêncio por mais de um mês e só se desculparam depois que a imprensa noticiou as acusações,” disse Kim.
“Mas quando ARMYs se opuseram às notícias, em setembro, de que o grupo estava colaborando com um letrista misógino de extrema-direita no Japão, eles imediatamente cancelaram a colaboração e se desculparam. Isso sugere que a influência dos fãs cresceu,” explicou Kim.
Kim continuou para expor a “cooperação positiva durante a recente polêmica sobre a camiseta do Dia da Libertação da Coreia e o chapéu com logo nazista, com a empresa se desculpando e fãs doando financeiramente às mulheres de conforto japonesas e os sobreviventes do bombardeio atômico.”
“Quando olhamos para o relacionamento entre o BTS, BigHit e os ARMYs, devemos focar na maneira com que cada um exerce seu papel em ajudar e checar as ações do outro, em vez de ver como uma relação entre estrelas, uma empresa, e os fãs.”
Transcendendo as barreiras do K-Pop
A discussão seguinte focou na possibilidade do sucesso do BTS ser visto como um sucesso para o K-Pop no geral. Lee disse que o BTS “não teria tido tanto sucesso quanto tem sem os esforços passados de artistas e músicos do K-Pop.”
“Mas, nesse momento, o BTS parece estar transcendendo as barreiras do K-Pop,” acrescentou.
Mi-myo, editor-chefe da revista “Idology”, disse que os fãs internacionais “gostaram do K-Pop por sua atratividade e coreografia hipnotizante, mas ficaram desanimados quando descobriram os problemas de direitos humanos, incluindo os treinamentos brutais desde criança. Como artistas, o BTS mudou isso. É por isso que são vistos quase como uma antítese do K-Pop.”
Professor da Universidade Nacional de Seul, Hong Seok-kyeong, disse que “não é certo focar exclusivamente no ‘K’ [em K-Pop].”
“A Onda Coreana em si foi formada no ambiente do Leste Asiático, incluindo Japão e China. A música “IDOL” inclui elementos musicais africanos além dos coreanos,” ele explica. “Não devemos limitar nossas perspectivas.”
Fonte: Hankyoreh
Trans eng-ptbr; nalu @ btsbr
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