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O formato do logotipo do BTS é no modelo de um portão ou de portas duplas. Esse logotipo, representando a imagem de portas se abrindo ou fechando dependendo da ocasião, foi instalado como a peça central nos shows do grupo, que aconteceram no Estádio Olímpico Jamsil nos dias 25 e 26 de agosto.
Sendo mais exato, a estrutura tinha grandes telões no formato de portas. Quando o show começa, as telas se abrem e o BTS aparece, para ser o foco principal do evento. Em cada lado dos telões centrais do palco, telas menores estão posicionadas mais acima, aparecendo à direita ou à esquerda quando necessário, podendo se unir às telas maiores nos cantos do palco, formando portas gigantes que tomam toda a visão frontal do palco. Durante a apresentação do J-Hope de sua faixa solo Trivia 起 : Just Dance, as telas se organizam formando um portal que leva ao centro do palco e, nesse momento, o público pode consegue ver o logotipo tomar a forma tridimensional.
O BTS estava em todos os lugares durante o ano passado, seja nas paradas musicais, programas de música, noticiários, VLIVE ou no YouTube. Todas as atividades do grupo são gravadas através de todas as formas de mídia da indústria do entretenimento. Ironicamente, a probabilidade dos fãs os verem ao vivo consequentemente cai. Até mesmo para essa apresentação [dos dias 25 e 26], com capacidade de mais de 45.000 pessoas, haviam ingressos sendo revendidos por até 1.000.000,00 ₩ (aproximadamente R$ 3.700,00), dependendo da localização do assento. Todos conhecem o BTS, mas nem todos podem vê-los. Nesse ponto da carreira, o grupo usa toda a extensão do palco disponível, tanto como uma sala de exposições como um um portal que conecta suas personas às músicas, vídeos e à apresentação em si. Na apresentação da faixa solo do Jimin, Serendipity, a tela central do palco mostra imagens do videoclipe, com sua temática espacial, enquanto as telas laterais mostram Jimin dançando em frente deste cenário do vídeo. O ponto alto da apresentação, entretanto, é quando os dançarinos entram em formação de estrela ao redor de Jimin. Torna-se completamente claro e aparente que Jimin, existindo quase como uma mera imagem em um palco distante, está verdadeiramente presente no local.
Um show em estádio naturalmente tem suas limitações, com a inevitável distância entre o público e o músico. Os shows da turnê “BTS World Tour: Love Yourself” tiram vantagem dessa situação, utilizando-se de telões para criar uma produção teatral digna de ser chamada de uma estrutura artística em larga escala. A apresentação do V de seu solo, Singularity, traz o valor da produção de seu videoclipe à vida no palco e JungKook, com Euphoria, mistura o show no palco com o vídeo dos telões, criando um certo surrealismo. Essas apresentações individuais poderiam ser quase consideradas um filme bem produzido por conta dos telões. Já nas apresentações do grupo, o público vive completamente o fato de estar no mesmo ambiente que o BTS ao vivo. Quando o septeto apresenta I Need U e Run – faixas do álbuns The Most Beautiful Moment In Life Pt. 1 e 2, respectivamente – eles não encenam exatamente as performances originais. Em vez disso, eles andam pelo palco, animando a multidão e, no clímax de Run, jogam água na platéia. Não é um evento comum em shows em estádio, mas em contraste à visão mais bidimensional trazida pelos telões durante as apresentações individuais, essa parte do show estimula diversos sentidos do público, como o tato e a audição. No palco que ostenta uma posição no top 3, se não o primeiro lugar, de cenários mais caros, O BTS faz tudo o que pode, com ritmo e sincronia.
A faixa título, “IDOL”, de seu álbum mais recente – Love Yourself 結 ‘Answer’ -, bem como as demais músicas da série Love Yourself, como DNA e Fake Love, servem como uma pausa no ritmo do show durante cada uma de suas partes. O show começa com IDOL, onde o público começa a compreender a experiência de ver o BTS ao vivo, então DNA intensifica o ritmo, e finalmente Fake Love é o ponto alto que coloca os fãs vibrando fervorosamente assim que a música começa. Nessas três músicas, o grupo apresenta suas coreografias originais. Enquanto o telão central e o cenário trazem o BTS à vida e os membros andam pelo palco, fazendo a platéia sentir claramente sua presença, a coreografia precisa do grupo é um componente chave e ponto alto do show. Quando eles cantam Fire, que a partir do momento de sua criação teve uma força explosiva de encher estádios, o BTS caminha até a frente do palco, animando o público e, no clímax da música – o famoso momento 3:33 da coreografia sincronizada – a multidão vai à loucura. Isso mostra a importância da performance de palco para os grupos de ídolos coreanos e, ao mesmo tempo, torna evidente que apenas mostrar a coreografia bem não é suficiente para estar no comando de um show de estádio.
Na conversa de abertura do show, Jin mencionou o AX Hall [agora Yes24 Live Hall]. O local onde ocorreu seu show de 2014, um ano após o grupo fazer o debut, tinha capacidade entre 1.000 e 2.000 pessoas. Perto do final do show, J-Hope também comentou que eles “chegaram muito longe”. Eles chegaram tão longe, de um espaço de capacidade de pouco mais de 2.000 pessoas em pé, para um estádio que abriga mais de 45.000 pessoas. Nesse processo, eles passaram pelo Ginásio Olímpico de Handebol, a Arena Olímpica de Ginástica e o Gocheok Sky Dome. Também nesse meio tempo, no Festival Summer Sonic, no Japão, eles apresentaram uma setlist focada no hip-hop sem as faixas título de seus álbuns para de centenas de fãs, incorporando novas músicas enquanto seu universo se tornava cada vez mais complexo ao longo de cada novo álbum, como o The Most Beautiful Moment In Life e o Wings.
Esse é o momento do nascimento. O BTS diz em IDOL que eles não se importam de serem chamados de ídolos, artistas, ou “alguma outra coisa”. Eles contaram suas histórias através do hip-hop, mas elas também mostram uma jornada de angústia e crescimento. Ao realizar a série Love Yourself, o BTS não necessariamente se distinguiu como artistas de hip-hop, mas, em vez disso, usou o gênero para provar como a expressão da vida de ídolos pode ser autêntica. Então, eles são artistas ou ídolos? É como se IDOL estivesse colocando um ponto final nessa dicotomia trivial, e declarando o nascimento de algo novo, entre o K-pop e o hip-hop, ídolo e artista, um gênero e outro, uma definição e outra. Não há idioma para descrever esse “algo” ainda, mas ele já existe, no vasto estádio.
Fonte: IZE Magazine
Trans ko-eng; myystikspira123
Trans eng-ptbr; Jojo Viola @ btsbr
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