Conheça o BTS, o grupo de K-pop amado por Wale e Charlie Puth

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Conheça o BTS, o grupo de K-pop amado por Wale e Charlie Puth

 

Em 2017, temos muitas músicas boas para escolher quando se trata de música pop. Mas que tal ter uma música fortemente dançante e que empolga, hip hop socialmente consciente, canções emotivas e coreografias de matar, tudo em um único grupo? Não precisa mais procurar: o grupo de K-pop BTS traz todos os citados acima em seu álbum mais recente, WINGS, que desafia as barreiras dos gêneros musicais.

Os sete membros – Rap Monster (rapper), Jin (vocalista), SUGA (rapper), J-Hope (rapper/coreógrafo), Jimin (vocalista/coreógrafo), V (vocalista) e JungKook (vocalista/coreógrafo) – lançaram seu primeiro EP em 2013, que foi totalmente contrário a dinâmica geral manufaturada do K-pop ao ter os garotos com papéis centrais na escrita (e mais tarde, produção) das próprias músicas. Contudo, foram seus álbuns com o conceito de juventude em 2015, The Most Beautiful Moment in Life Part 1 e Part 2, que os tornaram superstars do K-pop, através de músicas como “I Need You” e “Run” repletas de suas esperanças e sonhos, a pressão de ser jovem e o inferno que vem com isso – dos corações partidos aos haters.

Neste mês, o BTS retorna aos Estados Unidos para uma turnê de arenas esgotadas, armado com a honra de ser o único grupo coreano a ter entrado para o Top 10 do iTunes americano com seu recente single Spring Day. E com Charlie Puth como fã, uma novíssima colaboração entre Rap Monster e o rapper Wale, e centenas de milhões de visualizações no YouTube – nós não temos dúvida de que eles se tornarão uma grande sensação no país. Assim, nós conversamos com eles sobre fazer música, a fama, e, se você acabou de conhecer o BTS, quais faixas farão com que você se junte ao seu fã-clube (chamado ARMY) em um segundo.

Teen Vogue: Como vocês se sentiram ao entrar para o Top 10 do iTunes americano em fevereiro?

Rap Monster: Alcançar o topo de qualquer parada musical é uma grande emoção, mas dessa vez foi um choque. Nós estávamos no meio do nosso cronograma [se apresentando em programas de TV] naquele momento, então não é como se eu pudesse gritar ou coisa assim (risos).

Jin: Foi tipo “Uau. Você tá falando sério? De verdade?”. Foi parecido com o que eu pensei quando ouvi pela primeira vez que WINGS tinha alcançado a 26ª posição na Billboard 200, ano passado. Isso é incrível!

Teen Vogue: Para quem está conhecendo o BTS agora, qual música e qual clipe eles devem ver?

RM: Hmmm, é como escolher quem você gosta mais entre seu pai e sua mãe! “Fire” foi amada por muitos, então essa é a música.

Jin: Eu recomendaria “Blood, Sweat & Tears” porque eu peguei o papel principal e eu meio que protagonizo toda a história do clipe! E, é claro, é muito bem projetado e coreografado.

V: Eu também acho que seja “Blood, Sweat & Tears”. Houve tantas metáforas e eu tive que fazer várias suposições para entender as relações entre as personagens. E há uma cena em que eu dou um sorriso estranho e de arrepiar que eu amo!

Teen Vogue: Rap Monster, os grupos de K-pop geralmente têm papéis designados para cada integrante e o seu é de líder do BTS, mas o que isso significa para você?

RM: É meu papel oficial representar o BTS para o mundo e isso tem sido uma chance para que eu amadureça como pessoa, mas por trás das câmeras eu sou só mais um dos sete integrantes, e sou inspirado pelos outros a todo momento. Eu recebo lições de vida gratuitas do J-Hope e do Jimin, às vezes é como se eles fossem 10 anos mais velhos do que eu.

Teen Vogue: Okay, vamos jogar um joguinho. Você agora está à mercê de outro membro te descrevendo.

Jungkook: O Jin costumava ser um cara normal no grupo, mas agora ele é o palhaço. Ele é o maior sarrista e o mais engraçado de todos. Por mais que, agora que eu pensei nisso, ninguém no BTS é normal.

Jin: A voz delicada do Jungkook sempre encanta os nossos ouvidos e esse é, definitivamente, o seu papel no BTS.

V: O Jimin é uma verdadeira fofura, como se fosse o mais novo da família.

Jimin: A especialidade do V é chamar toda a atenção para ele!

J-Hope: SUGA cuida de verdade de nós. Ele é um tipo de líder escondido que zela por todos.

SUGA: J-Hope é um criador de esperança. Ele é um verdadeiro “gerador de esperança”.

Teen Vogue: O BTS se tornou muito respeitado por compor as próprias músicas. Quando vocês estão em turnê, conseguem tempo para escrever?

RM: Nós geralmente ficamos no hotel enquanto não estamos fazendo o cronograma, então eu trago todo o meu equipamento. Eu acordo, se eu tenho um ensaio, então ensaio, e quando volto para o hotel ligo o laptop, porque não tenho nada para fazer se não for isso!

Teen Vogue: Quando vocês tem uma nova demo, como o guia cru de “Wings”, vocês levam ela para outro membro escutar e pedem comentários?

SUGA:  Eu geralmente peço para o máximo de pessoas possível escutar, porque eu acho que ajuda de verdade a melhorar a música. Eu sempre recebo ótimos comentários do resto do grupo.

RM: Primeiro, eu levo a música para o P. Dogg (produtor executivo do BTS). Se ele gosta, algumas vezes ele a coloca no álbum. Eu realmente confio nele, ele tem um olho pra isso.

Teen Vogue: Se o P. Dogg disser que não, você briga pela música?

RM: Sim, é claro, eu luto por ela! Eu fico tipo, “Ei, isso é o que eu tenho que fazer agora. Se você não vai trabalhar com isso, eu coloco na minha mixtape!”. A última faixa pela qual eu lutei foi “Reflection” – existe uma versão original, que é uma música completamente diferente. Não que ele não tenha gostado, só não combinava com o conceito de WINGS, então vou lançá-la eu mesmo um dia.

SUGA: Eu acho que meio que briguei pela minha mixtape, porque eu senti que devia como AgustD (meu pseudônimo solo), e estou feliz por ter feito isso.

Teen Vogue: Falando em mixtapes, J-Hope, nós estamos ansiosos para ouvir a sua. O que você pode nos dizer sobre ela?

J-Hope: Estou trabalhando nela como conversamos e a inspiração realmente depende das minhas mudanças de humor diárias; às vezes eu gosto de ir para um som pesado e às vezes eu faço alguns mais suaves. Já que é uma mixtape, estou tentando experimentar vários gêneros diferentes para me testar.

Teen Vogue: JungKook, você recentemente fez um cover de “We Don’t Talk Anymore” do Charlie Puth – você fez um anúncio a respeito em janeiro, mas não lançou o cover até o final de fevereiro. Você estava fazendo mudanças nele? E nós vamos ouvir suas composições próprias em algum momento próximo?

JungKook: Eu gravei o cover várias vezes até que eu tivesse certeza de que ele parecia e soava perfeito. Eu estava mais do que pronto para compartilhá-lo e eu sabia que os fãs estavam esperando, mas a gente tinha o lançamento de You Never Walk Alone e eu pensei que era melhor esperar todas as atividades oficiais do BTS terem acabado para colocar o cover no ar. Eu não me sinto confiante para escrever qualquer coisa própria ainda, mas se eu algum dia escrever uma música, gostaria de trabalhar com uma vibe bem suave e doce.

Teen Vogue: Quanto mais famoso um artista fica, mais pessoas o tentarão derrubar. Como o BTS lida com esse lado da fama?

Jimin: Eu sou uma pessoa muito positiva e não sou facilmente intimidado por quem tenta me colocar ou ao BTS para baixo. Além disso, minha família está sempre lá por mim.

RM: Hoje em dia eu tento levar tudo como sendo meu destino e respondo com dignidade. Eu aceito esse lado, é como uma sombra, só está lá.

J-Hope: Eu tinha uma crença muito forte de que eu seria um artista bem sucedido, e isso me levou a ser quem eu sou. Eu tiro toda a força de que preciso dessa crença e tento dividir essa minha energia com os outros membros o máximo que eu posso.

Teen Vogue: Rap Monster, você acabou de lançar uma colaboração com o rapper Wale, que aconteceu graças a um fã do BTS tentando ajudar vocês a se juntarem pelo Twitter. O que você pode nos dizer sobre trabalharem juntos?

RM: Quando ele sugeriu a colaboração, foi um choque. Eu pensei a respeito, e eu estava tipo: a gente devia fazer uma música de festa? Mas eu queria algo diferente. O título é “Change”* – nos Estados Unidos. Os americanos têm suas questões e nós temos as nossas em Seul, os problemas estão em todo lugar e a música é uma prece por mudança. Ele [Wale] fala sobre a polícia e os problemas que enfrentou quando era criança. Já eu, falo sobre a Coreia, meus problemas, e sobre aqueles no Twitter que matam pessoas pelo teclado do computador.

Teen Vogue: Vamos fazer uma rápida rodada final! O BTS experimenta com vários gêneros musicais, qual deles foi um desafio?

V: Eu sempre acho rock difícil.

RM: Eu estou sempre pronto para ser desafiado, como com “Outro: Wings”, era uma hip-house, e foi a primeira vez que ouvi esse gênero… Mas eu gostei.

Teen Vogue:  O que vocês querem fazer enquanto estão nos Estados Unidos?

RM: Eu quero ir à Barneys e à Supreme! Eu quero ver os prédios e as pessoas na rua, seus rostos, sobre o que elas falam, como elas andam. Faço isso na Coreia. Eu vou a algum lugar que eu nunca tenha ido e só assisto às pessoas e às cores, essa é a minha inspiração.

Jimin: Eu quero muito ir a uma viagem de um dia com os outros membros. Ou a um picnic no Central Park em um dia ensolarado, seria legal.

 

N/T: * Change significa “mudança”.

Fonte; Teen Vogue
Trans eng-ptbr; VenomQ @ btsbr

Entrevistas | por em 23/03/2017
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