‘Map of the Soul: 7’ ilumina as sombras e a carreira do BTS

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‘Map of the Soul: 7’ ilumina as sombras e a carreira do BTS

Já fazem 10 meses desde que Map of the Soul: Persona, que chegou ao topo da Billboard 200, foi lançado, em abril do ano passado. Agora, o BTS está de volta com Map of the Soul: 7, lançado nesta sexta-feira (21/02). O quarto álbum de estúdio do grupo aborda amplamente temas que já foram apresentados no ano passado, focando suas 20 faixas em ruminar a dualidade de elementos de luz e sombra dos sete anos que já passam juntos.

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Começando com cinco músicas que já figuraram em Persona, incluindo “Intro: Persona” de RM e “Boy With Luv” com a participação de Halsey, a primeira faixa original do Map of the Soul: 7 vem na forma da canção solo de SUGA, “Interlude: Shadow”, e o single lançado antes da estreia do álbum, “Black Swan”, ambas já ouvidas anteriormente este ano – e que introduziram os temas introspectivos do álbum através de um hip-hop atmosférico que mergulhou liricamente tanto na relação do indivíduo quanto do grupo com sua arte.

Em seguida, temos a cativante “Filter”, o solo de Jimin, com o estilo Latin pop, onde o vocalista reflete suavemente sobre os diferentes lados, ou personas, que ele apresenta ao mundo e àqueles ao seu redor. “My Time”, a faixa solo de JungKook, vem logo depois com seu estilo animado de guitarras ásperas, acrescentando um toque de rock antes do seu instrumental virar um R&B-pop calmo e relaxado. Na música, com um título muito apropriado, o garoto de 22 anos explora como a sua vida vem sendo algo saído diretamente de um filme, crescendo sob os holofotes como o integrante mais jovem do BTS.

“Louder Than Bombs”, co-escrita por Troye Sivan, chega surfando na onda da faixa solo de JungKook, retornando com os sete integrantes. A canção prova ser um tipo de melodia suave repleta de melancolia e baixos, e que é quase devota na maneira como mostra o BTS assegurando que suas palavras e sua música são capazes de superar a força das bombas que nomeiam a faixa, concluindo com a promessa de cantar eternamente para os seus ouvintes.

Então, temos a faixa principal “ON”, com o BTS regozijando-se na dor e nas sombras que acompanham o brilho da claridade que eles encontraram ao longo de sete anos de carreira desde que lançaram 2 Cool 4 Skool em junho de 2013, prosperando em meio às dificuldades e os bons momentos. A faixa revigorante e declarativa – que inverte o título do single “N.O” – é como um chamado às armas, proeminentemente exibindo tambores dramáticos no estilo fanfarra como força motriz da música uma vez que envolve cada um e todos os versos, incorporando elementos anacrônicos como harmonia de coral e batidas trap para criar uma faixa experimental cheia de momentos enérgicos e empoderadores.

“UGH!” sucede a faixa-título, trazendo os três rappers do grupo – RM, SUGA e J-Hope – mandando uma mensagem potente para os haters no mesmo estilo que já fizeram em álbuns anteriores com as faixas cypher e na favorita dos fãs “Ddaeng”. Vibrando com fúria, o trio entrega raps ferozes sobre a maneira como a raiva alimenta ações e palavras negativas, sustentados por linhas turbulentas, efeitos de tiros e sintetizadores enquanto expressam seu desprezo.

A faixa equivalente “00:00 (Zero O’Clock)”, que apresenta os vocalistas – Jin, Jimin, JungKook e V – é quase extravagante na maneira que chega logo atrás da agressividade de “UGH!”. Ao mesmo tempo que o quarteto canta efusivamente sobre como a felicidade pode chegar quando o relógio marca meia-noite, os vocais harmoniosos do BTS se exibem, elevando-se sobre o tom soft-pop da faixa, prometendo com a referida declaração de “E você será feliz” no encerramento da música.

O solo de V, “Inner Child”, é uma faixa arrebatadora e cheia de metáforas celestiais através das quais a voz grossa do vocalista canta efusivamente sobre como as mudanças vêm, falando ao seu eu do passado sobre como as dificuldades que passaram se transformaram em algo incrível. Em seguida, “Friends”, um hino animado para V e Jimin e através do qual eles compartilham sua amizade verdadeira com o mundo, explora a maneira como são almas gêmeas que perseveram em meio às suas diferenças e seus momentos juntos. Jimin também co-escreveu a faixa.

A atmosfera brincalhona de “Friends” mantém o momentum em “Moon”, a faixa solo de Jin, uma música que mistura palmas e pop-rock através da qual o vocalista expressa seu amor pelos ARMYs graciosamente, igualando os fãs à Terra da sua lua. A natureza poética da sua dedicatória aos ARMYs ecoa ao longo da canção através da sua entrega expressiva, destacando o laço criado entre o BTS e os fãs.

“Respect”, o segundo dueto do álbum, chega com SUGA e RM convencendo o público a jogar as mãos para o alto como se não se importassem, trazendo batidas old-school enquanto chamam a atenção de todos para pensar bem sobre a ideia de “respeito”. A música relembra os primeiros dias da carreira do BTS, quando esse tipo de som enchia os álbuns, e notavelmente termina com uma conversa entre a dupla, com SUGA usando seu dialeto nativo, ou satoori, que o grupo usou muito em faixas como “Ma City” e “Paldogangsan”.

Aqui, eles discutem “respeito” com SUGA fechando o diálogo notando que inglês é difícil. Por fim, reconhecem o seu passado, seu presente e sua dominância no palco global como artistas coreanos e que falam coreano.

Já divergindo para o passado em muitas músicas, o BTS enfatiza o significado por trás do título do álbum de forma sentimental nas duas últimas faixas, “We Are Bulletproof: the Eternal” e o solo de J-Hope, “Outro: Ego”, referenciando os primeiríssimos dias da carreira do grupo. A primeira serve como a eufórica sequência de “We are Bulletproof, pt. 2”, faixa presente no álbum de debut, e precedida por uma versão pré-debut; o solo de J-Hope, por sua vez, incorpora um sample da primeira intro do BTS, do álbum 2 Cool 4 Skool.

Para ouvintes antigos e novos, há um senso de nostalgia e peso nessas faixas, com “We Are Bulletproof: the Eternal” emotivamente expressando a maneira como o BTS não é só composto por sete, mas se tornou muito maior que os próprios integrantes e eterno por causa do amor e apoio da sua audiência. “Ego” chega para dar descanso a tudo, quase como se simultaneamente fechasse o livro dos sete anos do BTS até agora, seja com um remix do primeiro álbum e cantando tempestivamente sobre como Map of the Soul é o seu ego, encerrando o álbum de forma alegre, em uma verdadeira celebração de tudo que o BTS conquistou nos primeiros sete anos que passaram juntos.

Ao mesmo tempo que a leitura minuciosa do mapa da alma do BTS se completa com “Outro: Ego”, as cópias digitais do álbum são encerradas com uma versão alternativa de “ON” com a participação de Sia, que chega para acrescentar o seu próprio toque estimulante ao single.

Map of the Soul: 7 tem sucesso em fazer uma retrospectiva dos sete anos do BTS juntos e otimismo em olhar para o passado e futuro, sendo uma paisagem sonora brilhante; uma celebração de tudo que o BTS se tornou. Finalmente, é cheio de potencial a respeito do que quer que seja que venha ao caminho deles no futuro.

Fonte: Billboard

Artigos | por em 10/03/2020
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