Crítica: O som sombrio e amadurecido dos gigantes do K-pop em Love Yourself: Tear

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Crítica: O som sombrio e amadurecido dos gigantes do K-pop em Love Yourself: Tear

Um dos álbuns mais largamente antecipados do ano, Love Yourself: Tear, traz faixas sobre a dor da separação e do amor perdido, reconciliação e ambição. Já chegou ao topo da parada de álbuns do iTunes em 65 regiões.

No dia 18 de maio, o grupo sul-coreano BTS revelou o seu muito esperado terceiro álbum de estúdio, Love Yourself: Tear. No Twitter, os fãs do BTS rapidamente renomearam o dia #SextaFeiraFakeLove, em homenagem ao novo single da boy band, Fake Love, lançado no mesmo dia com um MV que mostra os sete integrantes cantando em uma série de galpões abandonados e prédios condenados.

 

Ao longo do fim de semana de lançamento, Love Yourself: Tear disparou para o primeiro lugar da parada de álbuns do iTunes em mais de 65 regiões, incluindo Hong Kong, Estados Unidos, Canadá, Malásia e Singapura. Mesmo antes de ser lançado, o álbum já era um sucesso esmagador: ele se tornou o álbum com maior número de cópias em pré-venda de todos os tempos na Coreia do Sul, com 1,44 milhões de cópias pedidas (ultrapassando o seu antecessor, Love Yourself: Her, que chegou a um milhão de cópias), e fez do BTS o primeiro grupo de K-pop a ultrapassar um milhão de cópias pré-vendidas em múltiplos álbuns, de acordo com a Forbes.

A última conquista do grupo foi celebrada não só pelo fã clube oficial do BTS, os ARMYs, mas também pelo lutador americano de WWE John Cena, que mandou um Tweet com um vídeo seu dizendo, “Eu sou ARMY”, em coreano.

Talvez não seja surpresa que Cena tenha se tornado fã do grupo, com o BTS trazendo um som mais profundo e sombrio ao seu álbum, diferentemente das músicas animadas que o gênero K-pop é geralmente conhecido.

Antes do lançamento do álbum, o grupo aparecer no VLive para falar sobre o álbum e o conceito.

“O amor é complexo. Existem alguns lados dele que fazem com que nós nos sintamos mal ou deprimidos. Podem haver lágrimas; pode haver tristeza,” disse o líder do BTS, RM.

“Desta vez, nós queríamos focar nas partes do amor que queremos nos afastar. Queremos dizer que se você não for verdadeiro com si mesmo, o amor não irá durar. Esse amor pode ser entre duas pessoas, mas também pode estar dentro de você.”

Love Yourself: Tear é cheio dessas referências. ‘Singularity’, a faixa de abertura do álbum, traz uma performance solo de V sobre a dor da separação. “Eu enterrei minha voz por você/Sobre o lago invernal eu fui jogado/Diga-me se minha voz não é real,” ele canta, em coreano, em seu conhecido tom áspero alto.

‘The Truth Untold’ — uma balada em piano lento que, peculiarmente, também traz a participação do DJ americano Steve Aoki — é outra faixa que se destaca. “Tenho tanto medo que você me deixe no fim/Mais uma vez, eu coloco minha máscara e vou ver você,” cantam os membros sobre as ilusões do jogo do amor.

Em ‘Paradise’, o grupo canta sobre a sua luta coletiva com a ambição. ‘Seu sonho é, na verdade, um peso/Está tudo bem não ter um sonho/O ar que você respira já está no paraíso.”

Faixas como ‘Love Maze’, ‘134340’ e ‘Magic Shop’ continuam a examinar temas de amor, dor e reconciliação. Em ‘134340’ — uma referência ao planeta-anão Plutão — o grupo fala sobre continuar a orbitar em volta de um parceiro que já não está mais lá: “Em certo ponto, eu era parte do mundo do sol/No coração da estrela, há apenas uma camada de nevoeiro desagradável/Você me apagou; você me esqueceu.”
Não é até as faixas ‘Airplane pt. 2’, ‘Anpanman’ e ‘So What’ que o grupo retorna com o som vibrante e animado que os tornou conhecidos.

Waiting for you, Anpanman,” canta V sobre o personagem de desenho animado japonês de mesmo nome. Parece bobo, mas a música é sobre infância e crescer para se tornar um herói.

RM, em particular, brilha na última música do álbum, ‘Outro: Tear’. Seu rap é sobre ter sangue nos olhos, despedidas agridoces e acabar com a tristeza na faixa de hip-hop atmosférico. “Foi como, talvez, eu nunca tivesse te amado/Você é minha lágrima,” ele diz.

Em Love Yourself: Tear, o grupo conhecido como Bangtan Boys, revela que eles não são mais garotos e, em vez disso, abraçam um som maduro que é tão obscuro quanto real.

Ouça o álbum aqui.

Fonte; Crystal Tai @ South China Morning Post
Trans eng-ptbr; nalu @ btsbr

Artigos | por em 12/06/2018
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