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Em homenagem ao quinto aniversário do grupo em 13 de junho, selecionamos as 50 melhores músicas deles até o momento. Meia década de conquistas importantíssimas e nós pedimos aos críticos para que escolhessem as 50 canções que traçaram o destino do BTS!
Em uma indústria marcada por data de validade, cinco anos podem marcar a carreira inteira de vários grupos – até mesmos alguns que fazem sucesso. Mas o BTS subiu muito acima de qualquer arco de repentina ascensão-declínio, onde eles continuam a alcançar alturas antes inalcançáveis. Sucessores do PSY, como quebradores das barreiras ocidentais, eles parecem continuar a quebrar seus próprios recordes com cada comeback sucessivo, constantemente mapeando novas possibilidades para o sucesso da Coreia do Sul nos EUA.
O septeto veio de uma longa jornada de cinco anos, trocando seu status de desconhecidos para serem topo dos charts mundiais. Formados em 2013 pela Big Hit Entertainment, todos os sete integrantes costumavam dividir um único quarto. A imagem do grupo panfletando seu próprio show em 2014 foi imortalizada no reality, American Hustle Life. Mas agora, o fenômeno do K-Pop vive confortavelmente em um complexo luxuoso de apartamentos, esgotando ingressos pelo mundo em minutos. BTS em 2018 é basicamente a concretização do “Eu sou você, mas mais forte”.
Então, a Billboard decidiu dar sua própria BTS Festa caçando entre todas as músicas do grupo para mapear as 50 melhores de sua primeira meia-década. Feliz aniversário para o Bangtan, e um brinde para todos os próximos hits que virão nos próximos 5 anos.
Umas das primeiras coisas a se aprender sobre o BTS é que nada do que eles fazem é acidental (veja: qualquer das exaustivas teorias que os fãs escrevem os próprios meninos já conhecem.) As batidas de coração no início da música é um toque adequado e intencional a uma das músicas mais sentimentais do grupo, onde os integrantes parecem oscilar entre expressar sua gratidão e encorajar seus ouvintes à rastejarem, correrem e voarem em direção aos seus sonhos enquanto o instrumental brilha ao fundo.
Como se já não fosse claro pelas suas conquistas nos charts internacionais, a música do BTS se conecta em qualquer língua – como é visto nesse lançamento esplêndido da discografia do grupo em japonês. A produção sintética pesada ganha força pela melancolia corrente das vozes de Jimin, Jin e JungKook, onde o grupo implora para que seu amante fique.
Os vocalistas do BTS tomam o centro do palco nessa balada R&B escrita e composta em parte por JungKook e Jin. JungKook, Jin, Jimin e V expressam a letra da música com uma sinceridade calma, enquanto a densa produção com um baixo carregado no refrão e harmonias brilhantemente combinadas, fazendo desta uma das mais memoráveis músicas da discografia do BTS.
Essa música animada também conhecida como “The Rise of Bangtan”, é um hino cheio de swag e funky hip-hop onde o BTS anima a si mesmos e canta sobre seu potencial. Com trechos como, “Escalar até o topo é uma questão de tempo” e “Se você não nos conhece, se prepare para nos conhecer bem,” o grupo afirma sua intenção de dominação futura da maneira mais irresistível.
Com doces harmonias guiando os raps e calor exalando no refrão dançante, “Just One Day” revela um lado mais doce do BTS com sua jovial melodia R&B. Vindo após seus lançamentos prévios de singles de hip-hop dinâmicos – “No More Dream”, We Are Bulletproof pt.2” e “N.O” – foi a primeira vez que o grupo pisou no freio e colocou a qualidade de seus vocalistas nos holofotes.
*recorde quebrado* *pose pra foto* Sim, esse é o BTS enchendo sua bolsa com troféus. Você pode se perguntar como eles chegaram lá. Mas escute “MIC Drop”, e você terá a resposta. A intensidade da música é um produto de uma mistura potente: uma ameaçadora, batida raivosa fundida à uma letra condizente de um artista de categoria global. O remix com Steve Aoki e Desiigner chegou à posição 28 da Billboard Hot 100, mas nós também apreciamos a versão original da música que foi inspirada pelo histórico – e valioso momento de meme – de Barack Obama derrubando o microfone. Não é preciso pedir desculpas à Billboard.
Apresentada quase inteiramente por SUGA, “Never Mind” serve como faixa introdutória para The Most Beautiful Moment In Life, Pt.2, marcando o sucesso do álbum com uma reflexão das dificuldades do BTS. Co-escrita pelo rapper, examina como, quando batalhando pelos seus sonhos de se tornar músico, SUGA impulsionou-se para frente através das dificuldades que foram deixadas de lado, ou que nem foram levadas em conta.
Como música de abertura de Tear, “Singularity” serve como uma apresentação sonora do que vem pela frente sem o objetivo de chocar ou sobrecarregar. O R&B sensual persegue os ouvintes com seu um tempo lento, pausas súbitas, distantes improvisos e letra para se meditar (“Mesmo nos meus sonhos momentâneos / As ilusões que me torturam ainda são as mesmas,” confessa V.) Em “Singularity”, V se sobressai com seu barítono luxuoso que se molda perfeitamente aos contornos da música.
Remake de Urban Zakapa “Café Latte”, BTS realizou um retrabalho na música de 2009 para se adaptar a sua própria vibe. Com raps suaves e instrumental de cordas de rock ao longo da melodia original de jazz, “Coffee” é melodiosa liricamente assim como sua versão original, mas possui um tom mais brincalhão que se encaixa ao sentimento juvenil da era Skool do septeto.
A mistura inusitada de teclas sintéticas e sons de censuras faz com que a música seja sonhadora e dançante ao mesmo tempo. O tom fofo da música é amplificado pela sua inteligente e romanticamente leve letra sobre términos de relacionamentos na era digital. O doce R&B marcado foi bem-vindo para aliviar a postura pesada de hip-hop que dominava a estética rookie do grupo.
Desesperança e desespero cru nunca se mostraram tão perfeitamente na discografia do BTS como foi no álbum solo de SUGA, e todas essas fortes emoções atingiram sua máxima em “The Last”. Aterrorizante e agressiva com batidas empolgadas e sintetizadores salpicados, a entrega sem fôlego e fanática do rapper que reconta seus problemas com saúde mental e como sua dor eventualmente se transformou em orgulho enquanto ele atingia o sucesso. Mesmo que ele se declare um k-pop idol rapper (“Meu endereço é inegavelmente de um idol”), o que é um estigma dentro da cena hip-hop coreana, SUGA se coloca acima de todas as categorias com essa música íntima.
Completo com tudo que uma música sobre coração partido deve ter (melodia ornamental, fundo de piano, e múltiplas utilizações de palavras como “coração” e “choro”), “Hold Me Tight” é o mais perto que os meninos chegaram do território explorado pela famosa “Cry Me a River” — mas os raps passionais de J-Hope, RM, e SUGA distinguem o BTS de seus antecessores angustiados do NSYNC.
O basquete serve como um microcosmo da vida de SUGA nessa música. Esboços na quadra assumem maiores proporções enquanto barulhos e rangidos de basquete marcam o ritmo. Essa música solo é bem colocada como uma intro porque é imersiva: o ambiente da quadra funciona como um cenário. Afinal de contas, o stage name SUGA surgiu também de “shooting guard” [Ala-armador, posição em que ele costumava jogar].
Não há nada mais energético que “Fire”, um single explosivo de pop eletrônico que molda sirenes aos sintetizadores frenéticos enquanto os sete cantam e fazem rap sobre colocar as expectativas do mundo em chamas: “Viva como você quiser, é sua vida mesmo / Pare de tentar, está tudo bem em perder.” Tão bons quanto o possível em músicas dançantes e evocativas, “Fire” é onde o dinamismo do BTS realmente se destaca.
“Boyz With Fun” é digna de seu nome. Músicas ‘bobas’ são uma parte importante do repertório multifacetado do septeto — e essa música se destaca cheia de orgulho. O baixo marcado em estilo funky anima enquanto J-Hope transforma o mundo em um lugar divertido. Esse é o BTS em sua complexidade, provando que é possível desligar a mente sem perder a sagacidade.
O primeiro single do primeiro álbum do BTS é uma música energética com influências do rock que têm tudo: cordas elétricas vibrantes, batida hip-hop poderosa, sintetizadores desconexos e um toque de sentimentalidade não correspondida. Por cima disso, os integrantes do BTS expressam sua raiva e paixão para um amante que não dá a eles a atenção merecida.
Esta complexa faixa de pop-sintético presente em Wings encontra seu lugar entre uma batida trap e harmonias crescente enquanto os vocais – Jin, Jimin, V e JungKook – dramaticamente cantam uma letra filosófica, “Para perder seu caminho/ É a maneira de encontrar aquele caminho.” A letra da música expressa uma visão otimista sobre traçar seu próprio destino no mundo, “Lost” é imensamente impactante tanto em sua mensagem quanto em sua poderosa melodia.
Propulsiva com seu som rock e hip-hop, “Boy in Luv” mudou a estética do BTS, trocando o tom agressivo e controverso dos primeiros lançamentos do grupo em favor de um amor jovem entusiasmado. O grupo atinge o pico de sua estética masculina com esse single, onde expressam sua paixão e angústia que é acompanhada pela garota que eles gostam.
O caminho para o sucesso não é feito apenas de rosas. Antes do BTS se tornar um fenômeno global, eles já mostravam uma tendência admirável à auto-avaliação em seus tempos de iniciantes. Nessa música-escondida de seu primeiro lançamento, os integrantes refletem sobre as dificuldades deles em alcançar seus sonhos. Em viés retrospectivo pode parecer que o sucesso de recordes do grupo parecia destino, mas “Road” oferece um vislumbre de uma época onde o futuro do grupo era incerto.
Está chamando V de pecador? Sua música solo está entre o jazz clássico e balada R&b, mostrando seu interesse por sonoridades antigas. A mágica está nos detalhes, e a complexa interação de restrição e intensidade é compensada pelo piano e baixo espaçados. O vocal barítono de V é capaz de fazer até um falsetto soar misterioso.
Um raro hino de empoderamento feminino cantando por um grupo de homens, “21st Century Girl” permite ao BTS transmitir suas mensagens motivacionais especificamente para as mulheres que lideram nosso futuro sobre uma produção absolutamente incrível – as conexões no refrão possuem uma suntuosidade, principalmente quando a batida trap se mistura ao final da música. E com tudo isso, frases marcantes que imploram para serem cantadas e o inesquecível “All my ladies! Put your hands up!”, jogue os braços pra cima, meninas.
Escrita pelos rappers do grupo, a letra de “Rain” detalha cenas do cotidiano mais pesadas que são encobertas por preocupações. Os espaços vazios entre as notas do piano adicionam um arranjo semelhante ao jazz para a faixa hip-hop. “Rain” prova que o BTS é adepto de pintar a vida com toques acinzentados.
A música de abertura de Her, “Serendipity” é uma canção de ninar eletrônica R&B que conta sobre um amor predestinado: “Desde que o universo foi formado / Tudo já foi planejado.” O arranjo elegante e suave permite a Jimin reinar, com sua voz sensual e rouca que é instrumento ideal para a gentil e celestial introdução.
O BTS são artistas globais agora, mas eles gostam de revisitar seu passado no cenário underground. Tecnicamente o quarto da série de cyphers, “Killer” valoriza as habilidades individuais dos rappers: SUGA domina nos raps rápidos, J-Hope navega na batida e RM pinta imagens vívidas. Que as taxas de roaming se explodam, “Killer” é o tipo de cypher que faz com que todo o ARMY vá para Hong Kong.
BTS apertou o botão de rebobinar em “I Like It” nesta sequência japonesa da música romântica do mini álbum de debut. Os integrantes levam o conceito numa direção hip-hop remanescente da costa leste norte-americana graças às ondas agudas de sintetizadores. O que faz sentido, já que a música foi lançada após o septeto ter sido aprendizes de Warren G.
A primeira música do grupo a aparecer no Hot 100 – chegando à posição #67 ano passado – “DNA” oferece uma paisagem sonora vibrante que reproduz as tendências ao hip-hop do grupo e mistura-as com EDM, com o refrão assobiado e guitarra acústica em loop para o impacto adicional. É uma energética ainda que suave música para se dançar com um refrão chiclete, que liderou a ascensão do grupo nos EUA ano passado e se tornou a primeira música do BTS a alcançar o certificado de ouro pelo RIAA.
Uma música-escondida que os fãs mais dedicados podem aproveitar na versão física de Love Yourself: Her. A guitarra elétrica tranquilizante justapõe a letra de partir coração que, em retrospecto, parece ser uma leve dica da direção mais sombria que a série Love Yourself tomou com Tear, lançado após 8 meses.
BTS pode ser um grupo de idols, mas as vozes deles não foram caladas. A principal mensagem do grupo “love yourself” [ame a si mesmo] é onipresente nesse cypher – e transformada de um encorajamento gentil à uma sarcástica farpa. Os rappers do grupo provocam os haters nesse sucesso que mostra as habilidades de rap dos meninos. Mesmo com uma batida reciclada, SUGA, RM e J-Hope provam que eles sabem como dominar versos e batidas.
Quão boa é a música que o BTS pretende lançar sendo que uma música que foi apenas uma prévia dos próximos projetos do grupo já ganhou os corações de milhões de pessoas? A leve, porém marcada, melodia sintética se une à assinatura vocal angelical do grupo nessa música – que ainda não foi lançada oficialmente após ser introduzida em um vídeo do grupo pelo YouTube chamado “Euphoria: Theme of Love Yourself: Wonder” – soa como um clássico futuro do grupo.
Na pop eletrônica e dançante “Paradise”, BTS direciona a seus fãs que estão correndo em círculos com suas obrigações de escola e trabalho e os assegura que está tudo bem em tirar uma folga das demandas infinitas do mundo. Produzida pelo artista britânico MNEK, é uma música otimista e cheia de alegria, carregada em grande parte por seu refrão inteligênte e pelo chant bilíngue que encoraja os fãs a tomarem as rédeas de suas vidas: “Stop runnin’ for nothin’ my friend [Pare de correr por nada meu amigo]/ Você não precisa ter o sonho que todos os outros tem”.
“Outro: House of Cards” é nada mais que um curta cinematográfico, com seus arranjos de cordas extensos, metáforas sobre uma paixão mal sucedida e harmonias sobrepostas em camadas. O jogo feito entre os vocalistas e seus diferentes timbres de voz enquanto eles contam partes do conto de amor é o ápice do encanto que música desperta. Da voz suave de JungKook ao tom flexível de V, os contrastes e constantes giros que a música dá só adicionam sensualidade, não que ela não esteja presente desde a primeira nota.
Em sua música solo, JungKook detalha sua transformação de um trainee inexperiente e assustado para um dos ídolos mais conhecidos e bem sucedidos da indústria, focando nos seus seis amigos e integrantes do BTS que o guiaram por toda essa trajetória. Enquanto a produção é simples – o refrão bebe da fonte EDM da era Purpose de Bieber – é a letra e a história contata que diferencia a música das outras. Redigida em parte por RM, a composição é uma sincera carta aberta que, em uma exibição rara para qualquer boyband, explora e coloca em foco os laços de amor e irmandade do grupo.
Uma extensão de “Airplane, Pt.1” presente na mixtape solo de J-Hope, os integrantes embarcam em uma turnê mundial enquanto se lembram de suas raízes e sonhos que os fizeram artistas internacionais em “Airplane, Pt.2”. A vibe pop-latina da produção apenas reforça essa sensação globalizada, que apropriadamente vem em parte pelo time por trás dos hits “Havana” de Camila Cabello e “Despacito” de Luis Fonsi.
Uma verdadeira jóia no trabalho solo dos integrantes do BTS, SUGA faz sample da música de soul clássica de James Brown “It’s a Man’s Man’s World” e a transforma em uma produção agressiva que faria os mais pesados hits hip-hop sorrirem. “Agust D” é a faixa título da mixtape por excelência – ênfase em mixtape, já que a música não foi incluída na versão disponibilizada para compra – exatamente pela utilização de sample e outros elementos musicais que são tipicamente mais complicados de se mexer em projetos completos.
Muito foi falado sobre as críticas sociais que o BTS injetou ao longo de sua discografia, e essa música cheia de swagg e ironia está cheia delas. Nomeada a partir da gíria coreana equivalente ao nosso “faz melhor”, a barulhenta marcação do baixo e produção arrojada – especialmente as buzinas e metais assombrosos – acentuam a insolência do grupo, enquanto a letra sarcástica se direciona à geração que não tem estabilidade empregatícia. Uma música que reflete sobre as pessoas que vivem não apenas na Coreia mas também ao redor do mundo, “Baepse” é uma das mais impactante músicas do BTS.
Se você zapear o suficiente entre os gêneros-musicais, eventualmente estabelecerá novos territórios sonoros. O título “134340” refere-se ao rebaixamento de Plutão como planeta em 2006 – uma extensa metáfora usada para explorar a separação de alguém amado. A experimentalidade da música é espacial, mas seu fundamento terrestre é a realidade da instrumentação. Quantos artistas globais hoje conseguem dominar uma batida liderada por uma flauta? Plutão pode demorar 248 anos para dar a volta ao redor do sol, mas essa música está anos-luz à frente.
“Dope” presenteia seus ouvintes com uma subversão do bravado hip-hop: BTS não está se perdendo na farra porque estão muito ocupados construindo um império com seu trabalho exaustivo. E eles não estão errados. A música foi responsável pelo recrutamento de muitos novos ARMYs com sua coreografia de cair o queixo apresentada em seu vídeo-clipe. Articulada no som pegajoso, nasalizado e repetitivo dos saxofones, “Dope” é o tipo de música que requer passos de danças bem trabalhados.
Fãs de K-Pop estão por dentro dos artistas ocidentais que estão se juntando em parceria com seus artistas favoritos, já que a história proporcionou colaborações estranhas que os fãs preferem fingir que nunca nem aconteceram. Mas esse não é o caso quando o BTS se juntou à Andrew Taggart do duo The Chainsmokers, trazendo a acessibilidade sonora deles ao som único e onipresente dinâmica do septeto nas harmonias vocais e rap. Alguns fãs se referem a essa música como uma b-side que fugiu da lista de mais tocadas da rádio.
A música de fechamento do álbum que dá a sensação de bis, “Wings” finaliza o álbum homônimo de uma forma alegre, com uma batida viciante que se encaixaria em qualquer balada eletrônica ao redor do mundo. Começando com as cordas graciosas e evocativas e a primeira linha de JungKook, então uma virada que transforma a música num hit de festa, amarrado com o rap otimista do grupo e um refrão chiclete, que metaforicamente expressa como eles alçaram voo e alcançaram grandes alturas com suas asas, que representam o suporte de seu ARMY.
“Whalien 52” contém uma das mais ricas histórias contadas pelo septeto. O título é uma junção da palavra alien com a baleia dos 52 Hertz – em referência à solidão experienciada pela peculiar baleia cujo canto é em frequência muito alta para ser escutado pela sua própria espécie. O choramingar pesaroso ao fundo junto aos gritos cortados evocam o canto da baleia. Enquanto a letra mapeia as dificuldades pessoais dos integrantes dentro da metáfora da “criatura mais solitária do mundo” de maneira não convencional.
Você pode dizer que “Fake Love” superou todas as barreiras – de forma até literal, já que quebrou os recordes ao chegar à décima posição no Billboard Hot 100 (mesma posição alcançada pelo single “Formation” de Beyoncé, por exemplo). Aqui temos BTS em seu estado mais angustiado, nadando na mágoa de mudar tanto por alguém amado só para descobrir que aquele amor não era saudável nem verdadeiro. A letra trabalha idéias complexas em frases curtas: “Neste sonho que nunca se tornará realidade/ Eu cultivei uma flor que não poderia desabrochar.” O septeto se joga no emo hip-hop com elementos de guitarras ao fundo junto com elementos trap. É 2018, o que significa que um grupo de K-Pop tem um single mais dependente de guitarras do que a maioria das entradas nos charts de rock.
Saudade faz o coração se sentir ainda mais apertado. “Spring Day” é um conjunto de emoções enquanto a letra aborda a fase de aceitação ao lidar com a ausência de alguém amado. “Eu digo que vou apagar você/ Mas na verdade, eu ainda não posso deixar você ir”. (Fãs teorizam que a música se refere à tragédia Sewol Ferry, que RM não negou) No inverno que se perpetua, o miasma dos sintetizadores zumbindo contrasta com os vocais introspectivos que são sussurrados. Essa arte sonora abriu o caminho dos charts; sendo a primeira música do BTS a entrar no top 10 do iTunes EUA, se classificar no Bubbling Under Hot 100 na posição 15 e ser a música de um idol group a permanecer por mais semanas nos principais charts coreanos, ultrapassando nomes como BigBang.
Instrumental em baixo futurístico e efêmero toma o centro do palco nessa B-side do álbum do ano passado Her, que conta com Jin, Jimin, V e JungKook cantando sobre uma “illegirl” [garota ilegal] cujo o charme de sua covinha deveria ser ilegal. Os quatro cantores entregam uma de suas mais finas apresentações vocais nessa música de amor quente e apaixonante – especialmente durante a ponte, antes do último refrão, onde a melodia deixa de ser marcada por sintéticos marcados para focar nos vocalistas construindo a música até seu clímax. Entre isso e a descendente repetição do refrão hipnótico, “Dimple” é um dos momentos mais leves da discografia do BTS.
Apenas uma semana após o lançamento da emotiva pop-rock “Spring Day”, o hino construído em sintetizadores pesado “Not Today” rompeu as barreiras como um foguete à jato cortando a fumaça. A música não se distancia da fórmula pop trabalhada em “Dope” e “Fire”: versos relativamente simples, refrão bombástico, e um pré-refrão focado nos vocais que antecipam o drop da batida. Entretanto, em “Not Today” eles capricham no refrão num som assombroso que demanda sua atenção. Completa com uma mensagem pró-minorias que leva os ouvintes à desafiar suas limitações, é igualmente uma crítica social e uma música de tremer o chão.
Apesar do vai e vem da letra e as referências mais obscuras que o normal (o conto bíblico do jardim do Éden, o Pied Piper de Hamelin que literalmente encanta crianças para longe de suas casas), “Pied Piper” é uma faixa punk-pop em seu auge. BTS sintetiza suas influências – Bruno Mars, Daft Punk e The Weeknd – em uma música funky que caberia perfeitamente em qualquer playlist de verão. O equilíbrio entre o baixo orgânico e a bateria juntamente com os sons e instrumentais digitais demonstram a sofisticação das mais recentes produções do grupo, e faz de “Pied Piper” o conto de advertência mais interessante por aí.
2015 foi um ano chave em definição ao som do septeto e os sentimentos que eles alojaram em cada música. “Butterfly” é uma faixa representativa, com sua evolução de pop acústico para um som forte marcado por sintetizadores ao fundo. A letra é uma das mais complexas do BTS, relacionando o medo de perder algo – tempo, amor, memórias – à uma borboleta que pode se assustar facilmente e voar para longe. Incorporar esses elementos elaborados, ainda que universais em entendimento, vem sendo uma marca do trabalho do grupo e um dos motivos pelo qual a música deles merece uma exploração mais ao fundo do que apenas um play casual.
O último single lançado como parte da trilogia que mudou a carreira do grupo, The Most Beautiful Moment in Life, “Save Me” solidificou a dedicação do grupo à uma marca de música emotiva que une tendências populares da eletrônica com seu hip-hop. Há um sentimento de desespero e ansiedade que permeia essa expressiva música de Young Forever, mas sua incongruente naturalidade mantém a música longe da total melancolia. Após iniciar com sintéticos velozes, uma batida de relógio e o verso de abertura de Jimin, a música sutilmente evolui até tomar uma batida trop-house em sem auge. E então a batida acelera no meio do verso levando o ouvinte a um refrão frenético, que se torna descendente após uma sessão de versos angustiados de rap. É poderosamente sutil, e uma das produções mais ambiciosas do grupo.
É difícil falar sobre “Run” sem mencionar “I Need U”, que foi a música de ruptura do grupo onde vimos os integrantes explorar novo território sonoro e que garantiu sucesso doméstico. Ambos os singles são intrincadamente ligados, com seus vídeo-clipes contando partes complementares de um cenário mais amplo e suas sonoridades se afastando das tendências ordinárias do pop-sintético. Mas enquanto “I Need U” é luxuosa e leve, “Run” é tão tumultuada quanto uma música pop finamente dentro dos padrões pode ser. Há um senso de desespero, melhor percebido no intenso vocal de Jimin. Também existe uma energia febril ligada ao verbo que nomeia a música, que se repete pela música de forma propulsiva. E ainda há a dor que acoberta a produção, representada em palavras como “choro”, “adeus” e “mentira”. Por baixo das linhas chicletes superficiais mora a dor de se amarrar à uma paixão tola.
A história conta que “I Need U” foi o ponto de virada ascendente da trajetória do grupo: a música conquistou o tão esperado troféu de primeiro lugar nos shows musicais coreanos. Em um nível estético, eles se comprometeram em despir-se do som old-school hip-hop marca de seus dias como rookie. Essa música foi o início de uma metamorfose sonora que alcançou um feito raro na indústria musical: BTS não precisou trocar sua integridade artística pela acessibilidade do público. Pelo contrário, “I Need U” foi seu comeback mais ambicioso naquele ponto contextual da carreira deles, equilibrando uma direção artística, dança contemporânea de qualidade e uma emocionalmente carregada música de dança. Sintetizadores resumidos como em uma caixinha de música enquanto os pratos da bateria contornam o refrão. Enquanto isso, a marca leve R&B oferece um cenário robusto para a letra altamente trabalhada. Esse comeback expandiu as possibilidades do que o BTS era capaz de fazer como um grupo – antes mesmo deles eventualmente expandirem suas possibilidades do que o k-pop pode fazer nos palcos do mundo.
Quando o álbum Wings de 2016 foi lançado, BTS estava às portas de se tornar artistas de k-pop no comando da atenção mundial, e ter um álbum monumental liderado pela música “Blood, Sweat & Tears” que solidificou o lugar deles como verdadeiros competidores na arena da música internacional. A música utiliza as tendências do momento como o tropical moombahton, batidas certeiras e vocais sussurrados, sem nunca soar como uma queda da marca do BTS como artistas. Os raps, a entrega vocal e os efeitos visuais, todos são especiais e importantes para a progressão da história, enquanto se mantém acessível à audiência global. Ser capaz de pegar o que está acontecendo no mundo numa grande escala e refazer com sua própria marca é uma das mais impressionantes marcas e feitos como um artista. BTS fez isso com “Blood, Sweat & Tears”, e apenas continuam a expandir sua arte mais profundamente no cenário musical global.
Fonte: Billboard
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