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“Você percebe que é nosso agora. Diga adeus a sua antiga vida.”
Não, eu não me juntei a uma seita. Mas eu descobri como seria se a internet fosse o lugar mais incrível e amistoso do mundo, se o Twitter fosse uma plataforma onde as pessoas enchessem umas às outras com amor, encorajassem cada um de nós a nos aceitarmos, compartilhassem suas músicas favoritas… sem se importar de dividir um artista favorito. Tudo isso aconteceu quando eu caí nas graças dos seguidores online da boyband pop coreana, BTS.
Como um jornalista político judeu trabalhando em foco com violência e opressão, essa não é minha internet. Na minha internet, neonazistas ameaçam a minha vida, a esquerda me chama de apoiador neoliberal, e todos reclamam sobre os programas de TV que acompanho. Mas agora que eu conheci os ARMYs – como são chamados os fãs do BTS – eu não quero voltar para a minha internet.
Isso tudo aconteceu por acaso. Uma conta que eu desconhecia no Facebook me mandou uma DM pela minha página profissional; um oi, alguns emojis, uma foto de uma mulher, e então, foi desativada. Foi provavelmente um spam ou alguma conta adulta, nada muito fora do comum, exceto que um dos emojis era um coração com braços, pernas e um rosto, um estranho antropomórfico. Então eu tirei um print e postei no Twitter.
I don’t know who this is but I am honestly not sure that an anthropomorphic heart with legs is the way to get my attention. pic.twitter.com/5Zt5Ss3KJh
— David M. Perry (@Lollardfish) 1 de janeiro de 2019
[TRAD] Eu não sei quem é este mas honestamente não tenho certeza se um coração antropomórfico com pernas é a maneira de chamar minha atenção.
Em poucos minutos, fui informado que aquele coração era na verdade Tata, um dos oito personagens animados do BT21 criados pelo BTS. Tata é o líder. Então, mistério resolvido.
Com exceção que os fãs do BTS, e há milhões deles no Twitter, continuaram me contando sobre Tata, me sugeriram para dar uma olhada no grupo, vieram rir amistosamente da minha pequena confusão, e compartilhar emojis e gifs extremamente fofos. Eles me pareceram tão doces. Eles se desculpavam repetidamente pelo incômodo, mas queriam deixar claro que o grupo fazia um ótimo trabalho, espalhando mensagens de amor-próprio e apresentando músicas excelentes. Era muito mais legal do que discutir sobre política.
Fandoms online podem ser comunidades perigosas de se navegar se você não pertence a elas. Há a tendência de se gabar com a inclusão, fazer piadas internas e muitas vezes, exigir admiração alheia do que quer que eles sejam fãs. ARMY não é nada como eles. Eles respeitosamente me ofereceram links de diferentes músicas e apresentações que eu poderia vir a gostar, depois de terem descoberto meu gosto musical (um fã de rock irlandês), e tentaram combinar isto ao BTS. Alguns outros me contaram que eram advogados, mestrandos – ou seja, adultos que também amavam o BTS. Eles queriam dizer que seria ok se eu, um homem de meia-idade jornalista e acadêmico, me juntasse aos ARMYs.
Dezenas, talvez centenas, de pessoas compartilharam para mim o discurso do grupo na ONU. Um discurso que foi visto milhares de vezes em diversas plataformas, onde aquele jovem compartilhou uma mensagem de amor-próprio mesmo reconhecendo as dificuldades de superar desafios, medos e inseguranças.
Alguns ainda compartilharam comigo suas próprias experiências quanto à saúde mental e como o BTS ajudou cada um deles. Compartilhei um ensaio que escrevi sobre minha batalha contra pensamentos suicidas, ansiedade e depressão. Eles leram até o final, compartilhando trechos o que me deixou emotivo, e me envolvendo sobre o que eles tinham a dizer a respeito do ensaio. Como um escritor, não há nada mais que eu possa pedir. Finalmente, relutantemente, eu liguei algumas músicas do grupo, com medo do encanto acabar.
I am amazed by ARMYs power to do good every day. One Tata sticker lead someone to share their story, talking about issues that many face. It’s a pay forward come to life and all because of @BTS_twt‘s positive influence. https://t.co/PzAb5wMsD8
— Lulu 💜💜 (@lsgrlr) 3 de janeiro de 2019
[TRAD] Estou impressionada com o poder dos ARMYs de espalhar o bem todos os dias. Uma figurinha do Tata levou alguém a compartilhar sua história sobre batalhas que muitos enfrentam. É um presente para a vida e tudo graças a influência positiva do BTS.
Leitores – o BTS são superestrelas por um motivo. Sua música é polida, profissional, o pop perfeitamente executado. Muitas de suas músicas tem um bom apelo. Eu estava andando por Chicago quando apertei o play e a música deles me levou pelo clima frio de inverno até minha chegada ao hotel.
No dia seguinte, a maioria democrática assumiu o cargo na Câmara. O presidente Trump ensaiou uma falsa conferência de imprensa. Contas de extrema-direita tentaram me convencer que Ocasio Cortez não era confiável pois ela gostava de dançar em sua época de faculdade. E o Twitter voltou ao normal. Mas a cada poucos minutos, eu via um Tata, Chimmy ou alguém me mandando mensagens positivas. Não há volta agora. Acho que sou um ARMY.
Today has been the nicest and most loving day on Twitter. A day of constant affirmation, engagement,l and love. Thank you #BTS and their ARMY. Let’s do this again. Good night. #TataChimmy2020 #BTSpop
— David M. Perry (@Lollardfish) 3 de janeiro de 2019
[TRAD] Hoje foi o dia mais legal e amável no Twitter. Um dia de constante afirmações, e amor. Obrigado #BTS e seu ARMY. Vamos fazer isto novamente. Boa noite. #TataChimmy2020 #BTSpop
Fonte: The Current
Trans eng-ptbr; Bia Rehm @ BTSBR
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