Ser uma estrela do pop pode ser considerado o emprego dos sonhos, mas os artistas que chegam nesse patamar ainda enfrentam muitas das mesmas realidades que os seus fãs.

O BTS traz à tona os sentimentos que praticamente todos enfrentam em algum momento em suas vidas — tristeza, solidão, baixa auto-estima —tanto nas letras de suas de suas músicas quanto nas missões que eles apoiam, como a campanha Love Myself e #ENDViolence em parceria com a UNICEF.

Durante uma entrevista na matriz da Big Hit Entertainment em Seul, o grupo sentou com a Entertainment Weekly para conversar sobre variados assuntos (como sua experiência no Grammy, seus hobbies secretos, e mais). Mas eles também falaram seriamente sobre saúde mental.

Quando perguntados se eles, como celebridades, achavam mais fácil ou difícil colocar suas dores particulares em músicas e nas redes sociais, SUGA foi inflexível: “Nós sentimos que as pessoas que possuem uma plataforma para falar sobre essas coisas realmente deveriam usá-la, porque eles dizem que depressão é algo que você vai ao hospital e é diagnosticado, mas você não consegue saber de verdade até que o médico fale com você.”

“Então eu acho que não apenas para nós, mas para outras celebridades,” ele continua, “se falarem sobre isso abertamente — se falarem sobre depressão, por exemplo, como se fosse uma gripe comum, então começaria a ser cada vez mais aceita como um transtorno comum como a gripe. Cada vez mais, eu acredito que os artistas ou celebridades que possuem uma plataforma deveriam falar sobre esses problemas e trazê-los à tona.”

RM elabora: “É por isso que nós temos o conceito Love Yourself. Nós não queremos pregar ‘Faça isso’ ou ‘Não faça aquilo’, porque essa não é a maneira que queremos espalhar a nossa mensagem. Como por exemplo, digamos, Anna de Nova York, ou Marc do Rio, ou eu, ou você, nós temos aparências diferentes, raças diferentes, pais diferentes, viemos de lugares diferentes, climas diferentes, tanto faz. Tudo é diferente.”

“Nós nascemos em vidas diferentes,” ele continua, “mas você não pode escolher algumas coisas. Então pensamos que amor, o significado real disso, começa com o amor próprio e aceitando algumas ironias e destinos que temos desde o início. Mas nós nunca escolhemos isso, então ao invés de pregar ou dar ordens, foi por isso que nós nos comprometemos ao amor próprio, e foi por isso que eu comecei com ‘Eu sou apenas um garoto comum de uma cidade próxima a Seul na Coreia do Sul’ no nosso discurso da ONU.”

Para o grupo, a música é a mensagem também — e funciona dos dois lados: “A nossa maior influência,” diz SUGA, “e a nossa fonte de força, conforto e alegria são os fãs, então nós sempre temos isso em mente quando fazemos nossa música, e eu acho que os nossos fãs também são capazes de ganhar a mesma força e alegria.”

Fonte: Entertainment Weekly