[#RMGalaxyDay] Feliz Aniversário, Namjoon!

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[#RMGalaxyDay] Feliz Aniversário, Namjoon!

Palavras, apenas palavras (alternativamente: feliz aniversário, Namjoon)

Eu não consigo me lembrar quando, exatamente, comecei a escrever. Foi em algum ponto da infância, algum momento em que eu precisava colocar pra fora todas as ideias que usavam minha cabeça de moradia, todas as inquietações infantis que preenchiam meus dias. Escrever é grande parte da minha vida – provavelmente a maior e mais consistente dela – ao ponto de já ter parado pra me perguntar para que eu existiria se não fosse pela escrita.

A escrita é a minha resposta, é o que me motiva a continuar e o que me dá a sensação de estar fazendo alguma coisa pelo mundo, ou ao menos por alguém – mesmo que esse alguém seja eu mesma. Muitos dias, a minha maior paixão também é a minha tarefa mais ingrata – a falta de confiança em mim e no meu trabalho me afoga em um oceano de dúvidas e as palavras se perdem em uma orla que, por mais que eu nade e nade e nade, nunca consigo alcançar.

O texto que você está lendo agora foi um desses momentos, onde eu acreditei que barquinho algum apareceria para me salvar. Introduções foram escritas e reescritas, parágrafos deletados, centenas de palavras jogadas fora porque não pareciam ser as corretas. Mas talvez todo esse fracasso não seja de todo ruim – talvez seja exatamente sobre isso que eu precise falar aqui.

Vamos do princípio.

Eu sou uma ARMY da turma de 2016, uma guria do interior do Rio Grande do Sul que ouviu a melhor amiga argumentar durante cinco anos a favor do K-pop, mas nunca realmente me interessando por alguma coisa específica. Meu primeiro contato de verdade com alguma coisa relacionada ao BTS foi o bendito A to the G to the U to the STD que ficou grudado na minha cabeça por semanas, mas o que roubou meu coração de verdade foi o peaches and cream, sweeter than sweet, o tecnobrega entre paredes de museu que me fez realmente querer saber quem eram aqueles sete meninos.

Como dá para perceber pelo título e por toda a ladainha até aqui, um deles em especial me chamou a atenção. Primeiro por suas expressões características – ele era sempre o primeiro que eu conseguia reconhecer nas primeiras maratonas de mvs -, depois por tudo que ele representa.

Kim Namjoon nasceu em Ilsan em 12 de setembro de 1994, cinco meses antes da autora que vos fala chegar neste mundo em fevereiro de 1995. A proximidade de idade – uma novidade pra mim, acostumada a anos de fandom de músicos mais velhos que eu que no final das contas não mereciam toda a minha admiração assim – foi o primeiro fator que me fez realmente me identificar com ele.

E então vieram as palavras.

Durante uma entrevista recente, um produtor disse que a música do BTS te move. Eu peço aqui licença para utilizar da mesma ideia e dizer que as palavras do Namjoon tocam a sua alma.

Acredita-se que a expressão abracadabra veio do aramaico e significa “eu crio enquanto falo”, e essa é uma boa palavra para descrever o que o Namjoon faz toda vez que divide suas ideias com o mundo: mágica, com certeza. Eu lembro de checar a letra de “Cypher Pt 4” pela primeira vez e sentir um soco no estômago, porque mesmo que as situações e as metáforas fossem diferentes ali, eu conseguia entender o sentimento exatamente. Eu me via ali. “Reflection” é uma música que tenho muita dificuldade em ouvir – é muito pessoal. Pra mim. São palavras que não saíram da minha cabeça, mas que cabiam à minha vida como uma luva.

Esse dom que o Namjoon tem de se comunicar, de observar o mundo em seus pequenos detalhes e transmitir as coisas que o assustam e o encantam é algo muito grandioso para ser explicado. É um olhar cuidadoso, um absorver de cada informação possível não só pelo ato em si, mas para analisar o que aquilo significa e qual sua relevância para o universo – material, cósmico, sentimental, que seja. É conseguir juntar, num amontoado de letras, experiências que se perdem em qualquer outra tradução.

Ele transforma seu mundo em poesia – literal e figurativamente. Em cada uma de suas composições, tanto para o BTS quanto para seus projetos solo, ele faz jus a expressão que levou a sigla conhecida como rap ritmo e poesia. Eu sinto sua falta e dizer isso me faz sentir mais ainda”, de “Spring Day”, “Você já sentiu como é difícil ser alguém? Viver, respirar, não escolher ser um cadáver?” do remix de “Champion” com o Fall Out Boy, “Rezando por caminhos melhores para você e para mim, eu vejo grama crescendo nos olhos do inverno”, de “Change”,  sua parceria com Wale, “Sea”, por completo, são apenas alguns dos muitos versos que levo comigo onde quer que eu vá, que me acalmam e me acalentam e me dão a sensação de ser ouvida. De não estar sozinha.

Não só as músicas: o modo como ele se expressa fora dos palcos e dentro deles, com seus discursos no final de um show (ainda não superei o “espero que o BTS possa ser uma das muitas respostas na vida de vocês”) ou o modo como ele fala da criação dos álbuns durante suas aparições no VApp, tentando seguir uma linha lógica, mas se distraindo e mencionando outras histórias, perdendo o fio da meada e encontrando de novo, falando de um jeito tão genuíno que você se sente parte da conversa, sente que aquilo não é apenas um monólogo da era digital de um artista de sucesso no outro lado do mundo.

Kim Namjoon é um garoto de agora 24 anos que nunca encontrei pessoalmente, com quem nunca troquei nenhuma palavra, vivendo a milhares de quilômetros de distância de mim com uma vida e uma história muito diferentes da minha e… ele faz com que eu sinta que não estou sozinha. Que eu tenho um amigo em algum lugar, alguém que entende. Alguém que entende.

E alguém que não tem todas as respostas. O Namjoon poderia sim esconder as falhas, compartilhar apenas os bons momentos e os sucessos, mas a relação de confiança mútua que ele cria com o público ao expôr, ao se expôr, suas dores, seus medos, suas frustrações é mais preciosa do que qualquer troféu, qualquer certificado de ouro. É um afirmar de que “eu sou humano, você é humano, passamos pelas mesmas coisas, somos feitos do mesmo pó de estrelas.”  A quebra da ideia de ídolo perfeito que não precisa melhorar em nada e está sempre certo é o ponto principal disso tudo – a aposentadoria necessária que vários advogados de oppa por aí precisavam. Ao aceitar suas falhas e realmente pensar em como se tornar uma pessoa melhor, ele torna o mundo um pouco melhor também. Ele não resolve os meus problemas, mas me inspira a querer lutar por mim mesma.

Você me deu o melhor de mim, então dê a você o melhor de você.”

Então, nesse aniversário, eu resgato uma das minhas frases favoritas da minha época de emo gótica etc etc (make Brazil emo again!) e afirmo que “tudo que eu posso oferecer são minhas palavras pra você”.

Porque eu sei que, para ele, elas são tão preciosas quanto pra mim.

★ Não deixe de acompanhar a Bangtan Brasil no dia de hoje para relembrar alguns dos momentos mais marcantes ao lado do nosso extraordinário Kim Namjoon. Aproveite também para o conhecer melhor! Acompanhe a hashtag #RMGalaxyDay e a @BTS_BR no Twitter e deixe mensagens bonitas para o líder do grupo. ♥

★ Escrito por Maureen H. @ BTSBR Tradução e arte por Emi @ BTSBR Design. Por favor, não retire os créditos ou redistribua sem os mesmos.

Artigos | por em 12/09/2018
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